O suplente de deputado federal Osmar Bertoldi (DEM) está preso. Mesmo na cadeia, quer assumir o mandato. Se conseguir, estará indiretamente dando um voto a favor de Dilma no julgamento de seu impeachment.
Bertoldi alega que tem o direito de assumir a suplência de Valdir Rossoni (PSDB), novo chefe da Casa Civil de Beto Richa (PSDB) mesmo estando numa cela. Como já foi diplomado e está preso apenas temporariamente, sem sentença, há precedentes.
Um dos argumentos da defesa beira o inacreditável: Bertoldi está preso porque violou uma ordem de ficar longe da ex-noiva, que agrediu. Em Brasilia, afirmam seus advogados, não estaria ainda mais longe dela?
Na parte política, a posse de Bertoldi, preso, seria um duplo presente para Dilma Rousseff. Primeiro, porque se trataria de um deputado do DEM, um dos principais partidos da oposição, em uma cela em Curitiba – o que muito facilitaria o discurso equiparando-o aos encarcerados vizinhos, da Lava Jato.
Mas, mais do que isso, Bertoldi serias uma ausência certa no plenário, por razões óbvias. E tudo o que o Planalto quer a essa altura são deputados de oposição que não possam comparecer à votação do impeachment. Cada ausência, do jeito que é o regulamento, é um voto pela manutenção da presidente.
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