Marina Silva começou mal nesse sentido. Decidiu que o Brasil precisa dela (nisso não se diferencia de todos os presidenciáveis, já que todos sofrem de ego inchado). Decidiu que nenhum partido atual merecia sua filiação. Era preciso um novo movimento. Mas ao invés de fazer logo o tal partido, primeiro se enrolou por três anos.
Agora, às vésperas do prazo final dado pela lei brasileira, Marina reclama de tudo. Dos cartórios eleitorais que estariam anulando assinaturas válidas de apoio ao seu partido. Da Justiça, que não aceita passar por cima dos cartórios. Da lei, que não permite a criação de um partido sem essa burocracia. E, claro, só dela mesma é que não reclama. Por que não começou a coletar as assinaturas mais cedo?
No poder, esse é o tipo do comportamento que leva o governante a dizer que, apesar de seus esforços, nada pode ser feito. O metrô seria uma ótima ideia, mas é preciso rever o projeto. O leite das crianças não pode faltar, mas a ONG não entrou os papéis a tempo. O Brasil não tem médicos, mas é que dez anos não foram suficientes para resolver isso…
Marina promete ser diferente. Mas até aqui está fazendo tudo de acordo com a cartilha dos reclamões.
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