O governo do estado não tem número suficiente de deputados para aprovar o reajuste de 5% em duas parcelas como desejava. Novas defecções na base aliada fazem com que Beto Richa (PSDB) não tenha mais 27 votos para conseguir maioria simples em plenário.
Na segunda-feira, o PSC, maior bancada em plenário, já tinha vários parlamentares dizendo que se recusariam a votar os 5%, e que exigiam pelo menos os 8,17% de reposição suficientes para empatar com a inflação.
Nesta terça, pela primeira vez um deputado do PSDB, o partido do governador, veio a público dizer que não aceita votar o projeto da maneira como o governo havia previsto. Mauro Moraes, sempre fiel ao governo, diz que os deputados já passaram por muitos desgastes e que não é possível aceitar um reajuste menor do que a inflação.
No total, o governo parece ter no máximo 26 deputados a seu lado. Seria muito arriscado manter o projeto dessa forma e perder em plenário. Além de desagradar aos funcionários, o governo dificultaria outras votações futuras na Assembleia.
Mesmo assim, por enquanto o governo parece se recusar a admitir que precisa recuar ou achar uma saída alternativa. O líder do governo na Assembleia, deputado Romanelli (PMDB), teria apresentado alternativas. E dentro do governo há mais gente dizendo que é preciso fazer algo diferente.
Mas a “linha dura” do governo, capitaneada por Mauro Ricardo e Sílvio Barros, acha que os 5% já são muito para as combalidas finanças estaduais. Houve quem dissesse nesta terça aos deputados que o certo seria dar “reajuste zero”.
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