Rafael Greca é prefeito de Curitiba há exatos sete meses e dez dias. Com o anúncio da saída do presidente da Urbs, José Antonio Andreguetto, terá trocado neste período sete integrantes de seu primeiro escalão. Uma inacreditável taxa de um por mês.
Em parte isso tem a ver com a postura de Greca, que parece querer ter o controle do desempenho de seus secretários na rédea curta. Ao contrário de Beto Richa, que faz “contratos de desempenho” com seus secretários (e aparentemente não chega nem a verificar o desempenho depois), Greca manda o sujeito para casa assim que chega à conclusão de que ele é inoperante (ou que não segue suas ordens).
Nem todos saíram demitidos, claro. Andreguetto faz questão de dizer que saiu porque quis, assim como aconteceu com João Carlos Baracho, da Saúde. Mas há quem diga que mesmo esses pedidos de demissão têm a ver com um clima ruim dentro da prefeitura, em parte devido ao espírito hierárquico do prefeito.
Houve também os que saíram sob denúncias. O primeiro caso aconteceu já com 19 dias de mandato, quando Maurício Appel deixou a Fundação Cultural. O último, há poucos dias, quando Sergio Tocchio saiu do Meio Ambiente curiosamente na semana em que foi denunciado pela Quadro Negro.
Vereadores ligados a Greca dizem que ele tem uma vantagem em relação a Fruet. O antecessor jamais ouvia os pedidos da base para trocar secretários que estariam desagradando. Greca ouve. O resultado é a morte sacrificial de um secretário no altar da Câmara a intervalos regulares. Para os secretários, uma péssima notícia.
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