Sem Beto no governo, família Richa tenta expandir poder com nova geração

A renúncia de Beto Richa ao governo do Paraná pode, no longo prazo, fazer com que o clã fique ainda mais forte na política paranaense. Sem impedimentos legais, dois parentes de primeiro grau de Beto serão candidatos já neste ano. E uma candidatura de Fernanda Richa à prefeitura de Curitiba em 2020 não é impossível.

Nos últimos 13 anos, desde que Beto assumiu a prefeitura, todo parente seu enfrentava restrições para ser candidato. Agora, no governo, ele bloqueava por exemplo o sonho do filho MArcello, o mais velho de três, de ser deputado estadual.

Com a renúncia de Beto, Marcello, que com a ajuda do pai ganhou a secretaria de Esporte e Lazer de Rafael Greca, tem grandes chances de se eleger para a Assembleia – mesmo primeiro passado dado por seu pai, vinte e cinco anos atrás.

O irmão, José Richa Filho, o Pepe, também deve ser candidato. Secretário de Infraestrutura na gestão do irmão, deve disputar, com chances reais, uma vaga para deputado federal.

A maior dúvida é se Fernanda Richa se anima mesmo a ser candidata a prefeita, como já cogitou. Popular principalmente nas áreas mais pobres da cidade, por ter sido presidente da FAS, ela teria de enfrentar a resistência de Greca, eleito com apoio do clã, e que certamente pretende a reeleição.

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