Rogerio Galindo está de férias. Texto de Euclides Lucas Garcia.
Crítico ferrenho da classe política e, em especial, do PT e de seus apadrinhados no governo federal desde os tempos em que era comentarista na televisão, Paulo Martins (PSDB) aprendeu rápido o modus operandi do poder.
Quarto suplente de deputado federal na eleição de 2014, ele se beneficiou do afastamento de titulares da bancada paranaense na Câmara e assumiu o mandato entre março e outubro do ano passado. Inclusive, chegou a votar na sessão que autorizou a abertura do processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff (PT). “Pelo povo que foi às ruas do Brasil de verde e amarelo. Por um Brasil livre do PT, pelo Paraná e pela República de Curitiba, eu voto sim”, disse na ocasião.
Longe da TV e sem mandato desde 19 de outubro, Martins cavou espaço em um cargo comissionado no governo do estado – prática que sempre condenou na gestão federal petista. Na manhã desta quarta-feira (15), ele foi empossado pelo governador Beto Richa (PSDB) como secretário especial de Representação do Paraná em Brasília – o cargo estava vazio.
Segundo o governo, além de auxiliar na aprovação de projetos de interesse do estado no Congresso, o novo secretário vai representar o Paraná em instituições públicas e privadas e em organismos internacionais.
Resta saber como Martins atuará no dia a dia, já que a vice-governadora Cida Borghetti (PP) coordena, desde maio de 2015, um grupo de trabalho do Paraná responsável “pelas relações com o governo federal e outros órgãos em Brasília”.
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