Osmar Dias (PDT) tem a eleição do governo do Paraná em suas mãos. Se ele até a convenção deste sábado decidir que é candidato ao governo, a eleição é dura: três grupos se enfrentando para ver quem chega ao segundo turno. Se decidir que não é, a tendência é tudo se resolver em um turno só, a favor de Ratinho Jr. (PSD).
A análise é igual em todo lado. Sem Osmar na disputa, não haveria votos suficientes, somando os demais oponentes, para impedir que Ratinho se eleja já na primeira rodada, em 7 de outubro. Por isso os demais candidatos, principalmente Cida Borghetti (PP), torcem para que Osmar se mantenha no jogo a qualquer custo.
Osmar é tido como herdeiro dos votos de centro-esquerda – tanto os do PT, que neste ano não tem uma candidatura forte como a de Gleisi Hoffmann em 2014, quanto os de Roberto Requião (MDB), que preferiu não se arriscar e tentar a reeleição para o Senado.
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Além disso, como já disputou duas vezes o governo e fez milhões de votos para o Senado, sabe-se que o eleitor já o conhece. Ao contrário do que acontece com João Arruda (MDB), lançado por Requião para substituí-lo na eleição deste ano.
No grupo de Cida, admite-se que Osmar é a salvação da candidatura dela. Dividindo os votos entre mais candidatos, ela tem chance de chegar em segundo lugar e ser a oponente de Osmar ou Ratinho no segundo turno. Sem isso, ninguém aposta que ela sobreviva a um confronto direto neste momento em que ainda é menos conhecida.
“Preparamos a campanha pensando em dois turnos, pensando para ela ficar conhecida ao longo do caminho. Sem isso, fica muito difícil”, diz um deputado aliado.
Agora, resta saber o que decidirá Osmar.
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