A medida do Supremo Tribunal Federal que autoriza a prisão de condenados já depois do julgamento em segunda instância pode ser reflexo imediato da Lava Jato. Mas o fato é que afeta réus de todas as demais ações criminais do país. Incluindo várias no Paraná.
Uma delas diz respeito a um secretário de Estado. Ezequias Moreira Rodrigues, chefe do Cerimonial do governo do Paraná e um dos principais conselheiros políticos de Beto Richa (PSDB), responde a uma ação criminal no caso da “sogra fantasma”.
No cível o caso foi decidido com um acordo. Ezequias aceitou devolver os R$ 540 mil de salários pagos a sua sogra, que embora contratada nunca compareceu para trabalhar na Assembleia Legislativa.
No criminal, o caso estava para ser resolvido dois anos atrás, em primeiro grau. Subitamente, Richa reativou a secretaria especial de cerimonial e encaixou Ezequias nela, o que fez suspender o trâmite da ação.
Dar o foro especial a Ezequias na época pareceu uma bênção para o recém-contratado secretário. Agora, a coisa pode mudar de figura. Bastaria uma condenação no TJ para que ele passasse imediatamente a cumprir pena, antes mesmo de entrar com recurso.
Por sorte dele, o tribunal já se deixou passaram quase dois anos sem levar o caso a julgamento.
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