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Sem Requião, a esquerda parece morta no Paraná para 2018

Roberto Requião. Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo. (Foto: )

A eleição para o governo do Paraná em 2018 pode ficar manca, torta para um lado. Todos os candidatos sérios que estão se apresentando pendem para a direita. Uns menos, outro mais, todos vão para o mesmo lado do espectro ideológico.

Os três nomes que parecem certos na disputa são os de Osmar Dias, Cida Borghetti e Ratinho Jr. O mais “à esquerda”, pasmem, seria Osmar Dias, um ruralista dos quatro costados mas que, em alguns momentos, se ligou a partidos e candidatos menos conservadores.

Osmar foi secretário de Roberto Requião e com ele fez uma dobradinha inusitada em 2010. Depois, entrou para o governo petista de Dilma Rousseff e chegou a falar em “companheiros e companheiras” de cima de um palanque com Lula. Mas, convenhamos, está longe de ser um progressista.

Bem à direita

Dos outros dois nem se fala. Ratinho Jr. deve o nome e a carreira a um homem que se fez em programas policialescos e que se tornou um dos símbolos do populismo iletrado da direita rasteira. O filho tem mais verniz, mas já enfrentou em parte não se elegeu prefeito de Curitiba justamente porque sofria preconceito de quem não aceitava essas suas associações e certas posturas do candidato.

De Cida Borghetti bastaria dizer que é casada com Ricardo Barros, o homem que ao assumir o Ministério da Saúde parece batalhar para diminuir o SUS e beneficiar a iniciativa privada – o único candidato em 2010 que também se assumiu contra o casamento gay. Trata-se, na verdade, do grupo grande mais à direita na política local.

E Requião…

O único nome mais à esquerda que poderia entrar com alguma força na disputa? Sim, sempre ele. Roberto Requião. Três vezes governador, é um político cuja força nunca pode ser negligenciada. Mas está com 76 anos. E eis a curiosidade: caso ele não saia, a esquerda não tem ninguém para colocar em seu lugar.

No PT, com Gleisi soterrada de processos, a opção caso não se possa apoiar Requião é uma candidatura simbólica, com Dr. Rosinha. E os outros partidos? Ninguém. Terra arrasada.

Não deixa de ser curioso. Ou Requião é um fenômeno absolutamente individual ou um discurso que venceu três das últimas sete eleições no estado parece não interessar a mais nenhum candidato. Vá entender.

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