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Semana Obama – Parte 3. Imagem dos EUA
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Não deu outra: Obama levou a presidência dos Estados Unidos, de lavada. Os republicanos nem viram a placa do caminhão que tirou o doce da boca deles.

Ontem, na CNN, os comentaristas estavam palpitando sobre o tamanho da repercussão. Um deles, mais afoito, disse que nenhum outro evento único e instantâneo na história iria melhorar tanto a imagem dos EUA no exterior quanto a vitória de Obama.

O comentarista ao lado dele na bancada falou calmamente: “Talvez a vitória na Segunda Guerra Mundial…”, puxando o colega pela realidade. Que, aliás, se saiu bem, dizendo que a Segunda Guerra demorou mais, não foi instantânea.

O ponto não é esse, porém. O ponto é que realmente a eleição de um negro, de um cara bom de discurso como Obama, novo, sem máculas no passado, capaz de reunir multidões em Chicago ou em Berlim, vai fazer muito bem para a imagem dos EUA.

Nos últimos anos, Bush jogou o nome do país na lama. Os caras que tiveram Washington, Jefferson, Lincoln e Roosevelt agora tinham um pateta incapaz de concluir uma sentença ou tomar uma atitude elogiável à frente do governo.

O escândalo do furacão Katrina, o Ato Patriótico, a eleição que ele nem ganhou, o Afeganistão, o Iraque, o enforcamento de Saddam, a economia indo mal, as Halliburton da vida… Nada a elogiar.

Agora, o carismático Obama serve de borracha para tudo isso. Lógico, em dois meses, como diz uma sábia observadora, estaremos com raiva dele. Até porque, como diz ele próprio, o fato de ele ser uma novidade faz com que cada um projete nele os seus próprios desejos. E certamente ele frustrará muita gente.

Mas, por enquanto, a notícia é boa. Viva Obama!

Jason Reed / Reuters
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