O Senado aprovou nesta quarta-feira um período de trinta dias para que os parlamentares com mandato mudem de partido sem serem punidos por isso. Vai ser a festa da uva. Sem esse instrumento, a fidelidade partidária já era uma farsa no país. Com ele, pior.
O caso também tem implicações para o possível impeachment de Dilma Rousseff. Nova janela para troca de partidos, a essa altura do campeonato, significa apenas uma coisa para o governo: gente que pode sair do PT sem que o partido tenha chance de cobrar seu mandato na Justiça.
A bancada do PT tende a diminuir por dois motivos. Primeiro, porque fica mais difícil o sujeito ir para a eleição com a sigla que mais tem sido associada à corrupção no país. Segundo, porque quem estiver no partido, terá quase necessariamente que votar a favor de Dilma no impeachment.
No Paraná, a bancada de deputados do PT já se reduziu de quatro para três: Toninho Wandscheer aproveitou a criação do Partido da Mulher Brasileira para alegremente deixar o PT. Dizem que Assis do Couto só não saiu ainda porque não foi aceito na Rede.
Cada voto no impeachment pode ser decisivo. E o PT acaba de ver mais uma torneira aberta para perder base no Parlamento.
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