O colunista Celso Nascimento antecipou neste fim de semana o rompimento definitivo entre o PT e o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT) para as eleições de 2016. Como diria Celso Russomano em velhos tempos, o acordo deve ser bom para ambas as partes. Mas ainda poderá criar embaraços para os dois mais para frente.
Para o PT, a estratégia é tentar reconstruir a imagem do partido, assolada pelo mensalão e pela Lava Jato. Lançar um candidato “prata da casa”, ainda que sem muita chance de vitória, para tentar mostrar que o partido ainda se interessa por suas bandeiras históricas, e não pelo poder a qualquer custo. Tadeu Veneri deve ser este nome.
Por outro lado, para Fruet, era essencial se desvencilhar do petismo. O PT paranaense sempre foi uma tragédia eleitoral. Em 2012, embora tenha fornecido tempo para Fruet, o partido já “pesou” na imagem do pedetista: não é segredo que muitos curitibanos odeiam o partido, e esse ódio só fez aumentar em tempos recentes.
Agora, Fruet deve se ver mais livre para fazer outras alianças – e precisa disso para ter tempo de tevê, mais do que outra coisa. Em 2012, tinha uma desvantagem tremenda e precisava do PT para ter alguma legenda forte a seu lado. Agora, no cargo, não falta quem queria lhe dar apoio.
O constrangimento pode vir mais adiante porque nenhum dos candidatos a prefeito hoje parece ter condições de levar a eleição no primeiro turno. E se for para o segundo turno, Fruet irá recusar o apoio do PT? Ou voltará a se ligar o partido? Nenhuma das duas opções vai ser muito fácil de explicar.
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