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A Igreja Universal do Reino de Deus inaugura neste fim de semana um megatemplo em Curitiba. Não é o primeiro do gênero que a igreja de Edir Macedo faz surgir: em São Paulo, fica o mais famoso, o Templo de Salomão. O do Rio de Janeiro também é gigantesco: tem capacidade para 12 mil pessoas.

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O templo de Curitiba, na Getulio Vargas, no terreno ficava a sede da Matte Leão, vai ser um marco da expansão neopentecostal na cidade. Lá caberão três Catedrais da Fé – a atual sede da IURD na Sete de Setembro. Serão 5 mil fiéis por culto.

O templo, segundo se soube, custou pouco mais de R$ 400 milhões. E revela a força das igrejas evangélicas no estado, explicando em parte porque cada vez mais as denominações pentecostais e neopentecostais conseguem se fazer ouvir – elegendo políticos e influenciando as decisões dos que não foram eleitos por elas.

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Veja sete razões que explicam o sucesso da influência política dessas igrejas:

1- Expansão
A Universal tem uma taxa de expansão impressionante. No Paraná, a primeira sede surgiu em 1980 – três anos depois da fundação da igreja. Tinha trezentos lugares. Hoje, só em Curitiba são mais de 20 mil fiéis, cerca de 1% da população.

2- Dinheiro
É de deixar qualquer um perplexo o sucesso financeiro da IURD. O templo de Curitiba é um exemplo disso. Dividindo os R$ 400 milhões pelos 20 mil fiéis, chega-se à espantosa constatação de que cada fiel teria contribuído, ao longo dos anos, em média, com R$ 20.000 para a construção.

3- Voto de “tacão”
A igreja decidiu usar um sistema de concentração de candidatos para disputar as eleições. Pelo PRB, onde praticamente manda, a Universal elege em Curitiba um vereador a cada quatro anos, sem erro. São 20 anos de sucesso eleitoral. Embora a igreja tenha 1% da população, consegue 1 representante em 38 – quase 3%.

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4- Sem rosto
Não importa quem seja o candidato. Os eleitores da IURD votam em que for indicado. Pelo menos em Curitiba tem sido assim. O Pastor Valdemir, vereador de quatro mandatos, foi pego em uma fraude. A igreja perdeu com isso? Não. Valdemir foi transferido para Manaus. E meses depois a igreja elegia Osias Moraes vereador.

5- Evangelização
A nova sede da Universal em Curitiba não servirá apenas para cultos presenciais. O templo, segundo o site da igreja, “contará com uma estrutura maior e mais moderna para a realização dos programas evangelísticos de rádio e televisão”.

6- Porte
A Universal adota uma estratégia parecida com a de várias outras denominações, e que teve seu auge com a Igreja Católica no período gótico: a construção de templos enormes tem como consequência fazer com que o fiel se veja diminuto diante daquele poder. Isso dá autoridade aos religiosos e traz obediência, reverência ao fiel (e eleitor).

7- Nada de bom gostismo
O templo da Universal que será aberto no fim de semana é horroroso. Não há nada que se salve no projeto arquitetônico. Mas e quem se importa? Os bispos não estão nem um pouco preocupados com o bom gosto da classe média educada. Quer mesmo ter uma arquitetura grandiosa que impressione os mais simples.

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