Uma tevê que transmita as sessões do Legislativo é uma boa notícia. Quem não quiser ver só muda de canal. Quem quiser pode se informar sobre os atos de nossos representantes. Ótimo.

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Mas é curioso como os deputados, por aqui, conseguem transformar até boas notícias em problemas e escândalos. A TV Sinal, que exibe as sessões da Assembleia Legislativa do Paraná, começou mal, com uma licitação que só teve uma inscrição – também, com a exigência de que a sede da emissora fosse em Curitiba…

Agora, a emissora que ganhou a licitação pediu um ligeiro reajuste no contrato, de 20%. A inflação no período não deu nem metade disso, ficou pouco acima de 9%. Mas é que eles ampliaram a cobertura para mais cidades, eis a justificativa.

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Peraí: mas isso não deveria ter sido previsto em contrato. É impressão minha ou mudar a regra do jogo depois de tudo licitado é meio… ilícito.

Quer dizer: a empresa, sem concorrência, leva o contrato. Depois, sem que houvesse previsão de aumento caso transmitisse para mais cidades, faz a ampliação. E agora resolve cobrar a conta.

É mais ou menos o seguinte. É como se eu vendesse meu carro por R$ 15 mil. Seis meses depois, como fiquei com a chave reserva do carro, vou lá, abro e instalo um som novo. E cobro mais R$ 1 mil do cara que comprou o carro.

Pode?

Aqui, pode. Tudo pode.

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