Os três maiores sindicatos dos funcionários públicos ligados à prefeitura de Curitiba se posicionaram contra a votação em regime de urgência do projeto que pretende passar para Organizações Sociais a administração de serviços da saúde e educação.
Vice-presidente do sindicato dos guardas municipais, Roberto Kuss diz que a falta de debate “pode prejudicar a administração pública”, pois transfere atribuições do serviço público para a iniciativa privada sem que haja transparência nas ações das OSs. Ele ressalta que o sindicato não é completamente contra a administração privada de serviços públicos.
Irene Rodrigues dos Santos, coordenadora geral do Sismuc, diz que quando a proposta foi apresentada pela primeira vez em 1997 o tema foi debatido amplamente com a população. E depois desse extenso debate chegou-se à conclusão de que saúde e educação deveriam ser assuntos de Estado.
Segundo Irene, o que está acontecendo agora com o regime de urgência é um “estelionato eleitoral”. A coordenadora diz que o sindicato vai fazer o que a prefeitura deveria ter feito e convocar a população para o debate. “Toda ação gera uma reação”, diz ela.
Um dos representantes do Sismmac, que representa os professores, Rafael Furtado, diz que o sindicato vê a situação com “bastante preocupação e indignação”. Segundo ele, “de novo estão passando com um trator nos direitos da população”. Ele ainda diz que é preciso questionar se os serviços terceirizados realmente serão “mais baratos”. Nesta quarta (23) o Sismmac deve fazer uma assembleia e apresentar uma nota com a posição sobre o tema.
Colaboração: Camila Abrão.
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