A estratégia do sindicato dos motoristas e cobradores, o Sindimoc, de não colocar nenhum ônibus nas ruas mesmo sabendo que há uma decisão judicial exigindo frota mínima mostra uma falta de compreensão de qual deve ser o papel de um sindicato. E mostra uma falta de civilidade que precisa ser contestada.
O Sindimoc tem todo o direito, e o dever, de defender os direitos da categoria. É lamentável que os trabalhadores, que já têm salários baixos, recebam menos do que deviam no vale, que tenham seu salário ameaçado. A greve é um caminho lícito e defensável.
Mas a população sofre demais quando fica sem o transporte coletivo. E não há porque causar voluntariamente o caos. Uma greve que paralisasse 50% dos ônibus fora do horário de pico já causaria comoção e ajudaria na causa. Mais do que isso, só se a intenção for política, se a intenção for causar desgaste político.
Mas, mesmo que não fosse por isso, a simples estratégia de evitar a notificação é lamentável. Se não se respeita nem a decisão judicial, o sindicato deve sim ser cobrado. E é evidente que o Sindimoc sabia da determinação. Não só porque a imprensa falou disso o fim de semana inteiro, mas porque quando se liga lá para perguntar sobre a notificação e o sindicato diz que não recebeu, já fica só por isso óbvio que eles sabem do que se trata.
-
A oposição é a força que pode mudar o rumo da Venezuela, afirma ex-procurador
-
Licença-paternidade de 60 dias avança no Congresso; mas financiamento é impasse
-
Universalização do saneamento não virá sem investimento privado
-
Tarcísio concede folga a policial que encaminha usuário de droga para internação
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS