A montanha do separatismo pariu um mero camundongo. Os resultados do “plebiscito informal” convocado para mostrar a suposta força do movimento deixou “O Sul É Meu País” parecendo, além de tolo, frágil.
Com 100% das urnas divulgadas, o movimento diz que compareceram ao plebiscito pouco mais de 364 mil pessoas. A maioria esmagadora dos eleitores – dizem eles – quer a separação (mais de 96%). Mas o número de votos mostra que ninguém está nem aí para o movimento.
Os três estados do Sul têm, juntos, 21 milhões de eleitores. Os 360 mil que se dignaram a ir votar representam 1,5% disso, mais ou menos. Ou seja: os quase 97% de votos favoráveis na verdade são 97% de 1,5%. O que significa pouco menos do que nada.
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Para se ter uma ideia: Rafael Greca fez mais ou menos esse número de votos para prefeito de Curitiba (apenas uma cidade de um dos três estados) em 2016. E não se elegeu: precisou ir para o segundo turno.
Os 360 mil que votaram são mais ou menos o tamanho do colégio eleitoral de Londrina. Ou de Joinville. Ou de Caxias do Sul. Passa longe de chegar ao eleitorado das duas maiores capitais.
A maior parte dos habitantes da região não teve o menor interesse de vota, nem parece que terá. Ao contrário do que acontece com os catalães ou com os curdos, com os bascos ou com os escoceses, os brasileiros do Sul são simplesmente brasileiros.
Não há uma história (a não ser numa versão fraudulenta), um idioma, uma cultura, uma religião que una esse povo ou que os separe dos brasileiros. O sintoma mais perceptível? A região sequer tem um nome…
O “sulismo” é mero sintoma de problemas que afligem o país como um todo e de um certo com plexo de superioridade de algumas pessoas por viverem em estados ligeiramente mais ricos do que a média. Felizmente, porém, nunca dará em nada.
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