A história dos motoristas de Uber x taxistas é um daqueles exemplos em que todo mundo parece errado. Os motoristas do Uber estão operando com um sistema cuja legalidade é no mínimo duvidosa. A prefeitura se recusa a fazer cumprir a lei vigente (e a tomar qualquer posição sobre o assunto). Os taxistas tenderiam a estar certos, mas quem parte para a violência sempre erra, e alguns taxistas (no mínimo alguns) escolheram este caminho.
Os maiores culpados pelo surgimento da tensão entre os dois lados são os prefeitos de Curitiba, que deixaram o comércio ilegal de placas rolar solto – e fizeram com que os taxistas investissem mais de R$ 100 mil parda ter uma concessão que deveria ser gratuita. Para garanti esse “patrimônio”, os taxistas formaram uma verdadeira associação corporativista – que de outro modo nem faria sentido.
A Câmara de Curitiba, interessada em não desagradar aos taxistas, fez um debate superficial sobre o assunto, se posicionando contra o Uber. A prefeitura, numa espécie de desobediência civil, se recusa a fazer cumprir a multa que a Câmara aprovou. E se a prefeitura não segue a lei, por que os motoristas do Uber deveriam se sentir obrigados a segui-la?
Quem virou “fiscal” do Uber foi o próprio taxista, que na ânsia de impedir a concorrência, comete erros ainda mais graves. Daqui a pouco alguém vai morrer po causa disso. E a culpa será também do poder público, que se omite como legislador, se omite como fiscal e se omite como mediador.
Siga o blog no Twitter.
Curta a página do Caixa Zero no Facebook.
Congresso mantém queda de braço com STF e ameaça pacote do governo
Deputados contestam Lewandowski e lançam frente pela liberdade de expressão
Marcel van Hattem desafia: Polícia Federal não o prendeu por falta de coragem? Assista ao Sem Rodeios
Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de aborto ao Cremesp
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS