Tem sido comum recentemente discutir se igrejas (de qualquer denominação) devem ou não pagar impostos no país. Hoje, o Brasil segue a tradição de não tributar templos, sob a alegação de que os impostos poderiam ser usados como meio de perseguição religiosa.
Em meio a esse debate, Curitiba ganhou um novo e gigantesco templo bem no meio da cidade, numa área central caríssima. O Templo Maior da Igreja Universal fica na área mais central da Getulio Vargas, onde o metro quadrado custa, na planta genérica de valores venais da cidade, quase R$ 3 mil. (No mundo real, o preço é mais alto.)
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Fazendo as contas, descobre-se que, para cálculos fiscais, um prédio daquele tamanho (são mais de 40 mil metros quadrados) naquela região, tem valor venal estimado em pouco mais de R$ 121 milhões. Aplicando a tabela cheia da prefeitura, descobre-se que os pastores de Edir Macedo estão poupando cerca de R$ 2,1 milhões por ano. Só em IPTU.
O prédio da Universal foi questionado por vários motivos. Substituiu um patrimônio histórico (a indústria da Matte Leão), não entregou ainda as obras compensatórias, abriu com alvará precário da prefeitura e, pior: é feio, muito feio. Mas a prefeitura relevou tudo isso e promete liberar a papelada em breve.
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