O deputado federal Toninho Wandscheer, eleito pelo PT em 2014, foi um dos que migrou para o recém-fundado Partido da Mulher Brasileira. Assim como Assis do Couto, que também abandonou o PT pelo PMB, Toninho admite que a adesão ao novo partido não se deveu à afinidade ideológica, e sim a problemas com o petismo. Veja a entrevista:
Por que sair do PT?
Existem aqueles que são do PT, que são fundadores, que estão no partido há muito tempo. A minha situação não é essa. Não sou político de carreira. Fui prefeito de Fazenda Rio Grande pelo PPS. Por uma amizade com lideranças fui para o PT. Saí a deputado estadual, depois a deputado federal até por um vácuo deixado pela saída do André Vargas e do Dr. Rosinha. Mas minha base eleitoral não é petista. Sou um evangélico. E há um grande conflito de princípios com os petistas. Muitos apoiam a descriminalização do aborto, a discussão de gênero. E isso começou a conflitar com a minha base. Mas saio com amizade.
A atual crise ajudou o sr. a tomar a decisão de sair do partido?
Desde maio já sabiam que eu sairia. É difícil você ter que justificar o que não fez. Há uma acusação muito grave ao partido. Acho que não é só o PT que tem esse tipo de problema. Mas a verdade é que não criei nem solução nem problema para o PT.
Por que o PMB? Qual a ideologia do partido?
Era o único partido com janela. Ainda não temos uma definição ideológica. Não fizemos nenhuma reunião ainda. Em fevereiro vamos conversar. Mas hoje tem que pensar que uma relação com o partido não é definitiva. A gente pode até ficar no partido depois, mas tem que ver como vai ser.
O partido da mulher adotará bandeiras do feminismo?
Não. Nem todas as mulheres pensam como as feministas. As cristãs têm um outro posicionamento, por exemplo.
Sua saída muda seu voto no processo de impeachment?
Não. Sou contra tirar do povo direito de eleger seu presidente. A justiça determinar a perda do mandato seria outra coisa. Mas nesse caso claramente o processo começou por uma revanche do Eduardo Cunha.
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