O governo do Paraná será disputado por três famílias milionárias, herdeiras de grandes fortunas construídas em gerações anteriores. Um perfil que tem poucas exceções na lista recente de governadores do Paraná (talvez a única seja Jaime Lerner).
Osmar Dias é o típico produto da aristocracia política brasileira. Vem de uma família que fez fortuna no interior de São Paulo. O pai vendeu terras no norte e noroeste do Paraná na época em que a região estava sendo urbanizada – grande parte das terras ficava onde hoje se situa o município de Maringá.
Segundo a última declaração de bens apresentada pelo ex-senador à Justiça Eleitoral, em 2010 ele tinha um patrimônio de R$ 5,1 milhões. Praticamente metade vem da empresa rural Agrodiamante. Outra parte importante vem das cotas de uma cooperativa de Medianeira.
Ratinho
A fortuna de Ratinho Jr. é maior, porém mais recente. Vem do pai, o apresentador Ratinho, que começou do nada e ficou rico com programas populares no SBT. Em 2014, quando foi candidato a deputado, Júnior disse à Justiça Eleitoral ter um patrimônio de R$ 7,9 milhões.
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Desse total, R$ 5,6 milhões são da empresa agropastoril Café no Bule, que vende os produtos com a marca do pai. Ratinho também se beneficia das propriedades da família na área de comunicação, principalmente a tevê retransmissora do SBT e as rádios, espalhadas pelo estado.
Cida
O casal Cida Borghetti e Ricardo Barros declarou, mesmo quando somado, o menor patrimônio dos três em 2014. Ela, na época candidata a vice de Beto Richa, disse ter R$ 805 mil. Ele, candidato a deputado federal, afirmou ter bens da ordem de R$ 1,8 milhão.
Cida não nasceu rica: é filha da classe média de Caçador, em Santa Catarina. Mas casou com o herdeiro de Silvio Barros, um dos primeiros prefeitos de Maringá. Da parte de Cida, o mais curioso é ela ter declarado R$ 200 mil em dinheiro vivo, fora do banco. O marido declarou várias empresas, como construtora, rádio e locadora de veículos.
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