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Para que fazer propaganda para incentivar as pessoas a fazer algo que é obrigatório? Eis a questão que surgiu nas redes sociais nos últimos dias, depois de o Tribunal Superior Eleitoral ter inundado as redes de televisão com a campanha “Vem pra Urna”.

Nos filmes do TSE, gente como Daniela Mercury, Bell Marques e Carlinhos Brown aparece incentivando os eleitores a votar em 5 de outubro. “Foi pra rua? Vem pra urna!”, diz o texto, afirmando que o verdadeiro jeito de fazer as mudanças desejadas pela população é votando.

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O blog entrou em contato com o TSE para saber sobre os custos da campanha. Primeiro: por que é necessário investir tanto em tempo de televisão? “O TSE tem espaço garantido por lei de até 10 minutos diários em todas as emissoras do país em ano eleitoral, sem custo algum para veiculação.”

Quais são os custos de produção do material? E os cachês dos artistas? “Nosso contrato contempla apenas a produção do material exibido, sendo que, mesmo assim, artistas famosos são voluntários e não possuem cachê algum para emprestar sua imagem as campanhas do tribunal.”

Quanto custa no total a exibição dos filmetes? “Nosso contrato de gastos com publicidade tem valor previsto e aprovado anualmente pela diretoria do mesmo, podendo chegar em anos eleitorais até R$ 6 milhões de reais, porém em 2014 até o presente momento não chegou a ser gasto nem 60% da verba estimada.”

Então, fazendo a conta, dá para imaginar que o TSE gastou até R$ 3,6 milhões para exibir os comerciais. Pode não ser muita coisa. Mas ainda continua a dúvida: precisava?

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