O reitor interino da UEL deu declarações fortes na briga que vem travando, junto com os colegas da UEM e da Unioeste, contra o governo Beto Richa (PSDB). Em entrevista à rádio CBN de Londrina, Ludovico Carnasciali disse que o objetivo do governo é deixar as universidades “de pires na mão”.
A briga entre governo e universidades tem no centro a gestão de recursos humanos. O governo, com base numa decisão do Tribunal de Contas do Estado, exige que as instituições entrem para o sistema do governo, chamado de Meta4. Alega questões de transparência. As universidades dizem que o motivo real é diminuir a autonomia do ensino superior.
O fato é que por causa da disputa o governo bloqueou milhões em verbas das três universidades. A UEM já disse que se o recurso não for liberado poderá ser obrigada a fechar as portas nos próximos dias. O governo nega que isso seja necessário.
“O problema é que, no final desse processo, o que se quer é o controle político da universidade. Querem que as decisões sejam tomadas pela cúpula do governo lá em Curitiba. Para que os reitores tenham que ir até lá, de pires na mão, para conseguir dinheiro para oito ou 10 doutores que acabaram de se formar, para dar 30 horas a mais no HU, é para isso”, disse o reitor.
“Autonomia é isso”, afirmou. “Perdemos a autonomia de gestão da folha de pagamento e o governo quer dar a impressão que a gente faz o que quer.”
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