O governo Beto Richa começou nesta sexta-feira uma contraofensiva. Quer provar que as universidades estaduais estão exagerando nas suas reclamações. O dinheiro para o funcionamento básico não estaria bloqueado e não há motivo para crer que o governo queira atropelar a autonomia universitária.
Na sexta à tarde, o site oficial de notícias do governo do estado publicou um texto dizendo que, ao contrário do que UEM, UEL e Unioeste afirmam, apenas o dinheiro para atividades que não são essenciais foi contingenciado. Não é o que afirmam as reitorias. As universidades estaduais dizem estar até sem dinheiro para o básico: comprar produtos de limpeza, pagar bolsas a indígenas e pagar terceirizadas.
A UEM já disse nesta semana que, a não ser que o governo reverta a decisão e desbloqueie o dinheiro, vai parar tudo, inclusive as aulas. A UEL diz claramente que se trata de retaliação às universidades que se recusaram a repassar ao Executivo o controle de suas atividades de recursos humanos.
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Sem razão
“Não há contingenciamento em relação a verbas ligadas a saúde, manutenção, segurança, higiene das universidades, e nenhuma de caráter salarial”, afirma a secretária estadual da Administração e da Previdência, Marcia Carla Pereira Ribeiro. Segundo ela, não há motivo para paralisar as atividades.
O governo diz que quer apenas os dados, não o controle; e que faz isso por ordem do Tribunal de Contas. As universidades temem que o governo possa interferir, por exemplo, na determinação de quais professores podem ter licença para afastamento, em períodos de mestrado e doutorado.
Na segunda-feira, a secretária de Administração vai dar uma coletiva sobre o assunto logo cedo no Palácio das Araucárias.
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