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Alunos do Paraná custam mais do que Harvard? Não, custam menos que presidiários

Dizem que na guerra a primeira vítima é sempre a verdade. De fato. Bastou o governo do Paraná e as universidades estaduais começarem a se desentender e a internet foi inundada por uma mentira escabrosa, daquelas em que ninguém de boa fé consegue acreditar.

A história era de que alunos das universidades públicas paranaenses custavam absurdos R$ 9 mil por mês, chegando a R$ 15 mil no caso da UniOeste. Blogueiros governistas fizeram a festa com o número falso. Passaram a dizer que um aluno da UEM ou da Unioeste custava mais do que um aluno em Harvard!

Claro que se tratava de uma fraude, baseada em dados do Tribunal de Contas. O orçamento de ensino estava sendo dividido apenas pelo número de formandos. E as universidades têm em média número quatro vezes superior de estudantes nos demais anos. Coisa de quem quer enganar mesmo.

Para se ter uma ideia do tamanho da bobagem que se estava espalhando, e que foi desmentida pela reportagem da sempre precisa Rosana Félix, um aluno de Harvard paga US$ 43 mil ao ano. Isso significa algo como R$ 11 mil ao mês. No caso da Unespar, a mais barata nessa relação, o aluno sai por R$ 1,2 mil ao mês.

Em cinco das seis universidades, na verdade, o preço mensal por aluno fica abaixo do que custa a manutenção de um preso para o Estado: cerca de R$ 2,4 mil. Ou seja: ao invés de comparar com o preço de Harvard, é preciso comparar com o preço da Penitenciária Central do Estado.

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