Depois do célebre “Vai pra Cuba”, agora a política nacional ganha um novo bordão. “Vai pra Nova York!” Pelo menos foi isso que o vereador Jonny Stica (curiosamente um ex-petista, hoje no PDT) ouviu dos taxistas que lotaram a sessão da Câmara que discutiu multas para o Uber.
Stica, segundo reportagem de Raphael Marchiori, estava defendendo que outras cidades, como Nova York, já usam modelos semelhantes e que essa é uma tendência irreversível. O vereador, que até pouco tempo atrás era mandado a Havana, foi criticado agora por defender o capitalismo liberal.
Stica foi um dos três vereadores a votarem contra a proposta que previa multas de até R$ 1,7 mil para motoristas do Uber. Além dele, Bruno Pessuti (PSD) e Pier Petruzziello (PTB), esses sim ligados a uma ideologia mais liberal, se posicionaram contra. Mas perderam por 32 a três.
“Houve pressão forte dos taxistas e das empresas que têm muitas placas de táxi”, diz Pessuti. “Muito vereador ficou com medo de ter seis mil taxistas correndo a cidade falando mal deles”, opina.
Os taxistas têm influência não só por serem numerosos (somando quatro pessoas por família, são 24 mil taxistas ou dependentes) mas também por terem acesso fácil à população: em um dia, um taxista faz bem mais de dez corridas – e vai conversando com quem está ao lado.
Pessuti diz que os vereadores favoráveis ao Uber pensam em criar nova regulamentação para permitir o uso dos carros, mas provavelmente só na próxima legislatura, já que agora ficou claro o quanto seria difícil aprovar isso com os atuais vereadores.
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