Atualizado às 12h29.
A edição da revista Veja deste domingo sai com uma denúncia contra o governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB). Segundo a reportagem da revista, de página inteira, Pessuti foi nomeado para um cargo na Assembleia Legislativa em 2005 por meio de um ato secreto. Desde lá, continuou exercendo suas funções de vice-governador (e agora de governador). Seria, portanto, um fantasma da Assembleia.
De acordo com a reportagem, Pessuti foi nomeado pelo ato 274/2005, que não teria sido divulgado pela Assembleia. O ato só teria vindo à tona depois da reveleção, feita pela Gazeta do Povo e pela RPC TV, da existência dos Diários Secretos do Legislativo.
O ato 274 nomeia, ainda segundo a Veja, não apenas Pessuti como consultor administrativo. A esposa do governador, Regina Pessuti, e o assessor José Correia estão no mesmo ato.
A revista teve acesso ao documento. No entanto, no Diário Oficial 8240, onde estão os atos de 2005, não se encontra o ato. Apenas um outro, de 2005 também, que exonera Pessuti da Assembleia. Detalhe: a essa altura, quando foi exonerado, antes da data do 274, que o nomearia de novo, Pessuti já era vice governador há mais de dois anos. Obviamente, já não poderia estar na Assembleia.
Na convenção do PMDB, na manhã deste domingo, Pessuti falou pouco sobre o assunto. Afirmou apenas que se licenciou da Assembleia e que, portanto, nunca recebeu “um centavo” por sua nomeação lá.
Indefinição
A revelação feita pela revista surge exatamente no fim de semana das convenções que decidirão o futuro da candidatura de Pessuti e de outros dois partidos na eleição estadual: o PDT e o PT, que podem apoiá-lo na tentativa de Pessuti de conseguir a reeleição.
No PMDB, por exemplo, a decisão foi oficialmente adiada. Pessuti, que poderia sair da convenção como candidato, acabou não sendo lançado, pelo menos por enquanto. A decisão do PT também ficou para o dia 30, prazo final estabelecido pela lei.
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