Tem um texto circulando na internet falando sobre um vereador de Porto Alegre que pede prisão perpétua para quem for sarcástico com animais. Parece brincadeira, mas não é. O projeto é de um vereador chamado Rodrigo Maroni e tramita na Câmara de lá – também está prevista a pena para quem estuprar animais.
Vasculhando um pouco a carreira legislativa de Maroni descobre-se que ele é um dos mais ativos membros dessa onda de vereadores pró-animais. Mas seus projetos não se restringem a coisas mais simples, como proibir eutanásia e maus-tratos de animais. Alguns vão um pouco além, como o que prevê que presos construam casas de cachorro. Outros vão bem mais longe.
É o caso de um projeto de lei que o vereador apresentou na Câmara de Porto Alegre prevendo que quem maltratar animais terá de usar uma coleira. Ele se revoltou por dizerem que ele é maluco e que tentam barrar seus projetos por serem inconstitucionais. O vereador é investigado em duas comissões de ética.
Maroni não é um caso isolado. Em várias cidades, surgiram vereadores que fizeram da proteção animal o seu principal ponto de luta. Principalmente porque a população de uns tempos para cá passou a ver cães, gatos e outros bichos de outro modo – e passou a haver espaço para quem queira pedir votos para defendê-los.
Em Curitiba, já houve propostas para batizar ruas com nome de cães e para dar dia de folga a servidor público cujo bicho de estimação morresse. Nenhum passou, assim como também não passaram em Porto Alegre os projetos de Maroni. Mas os projetos apontam uma tendência. Em São Paulo, o vereador Tripoli foi o mais votado dizendo em entrevistas que gostava mais de animais do que de humanos.
Embora os projetos sejam ridículos, são um alerta de quanto a causa da proteção animal cresceu e de como está sendo usada pelos políticos. Doidos ou muito sãos.
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