

A Câmara de Curitiba tem nesta segunda-feira a oportunidade de mostrar que o seu presidente, Paulo Salamuni (PV), não estava mentindo totalmente quando afirmou que os seus colegas não são dominados por interesses econômicos. A afirmação foi feita na semana passada quando a Câmara terminou a CPI do Transporte Coleitov, pedindo o indiciamento de várias pessoas que já estão fora do poder. (A Câmara continua sem fazer nada contra a atual prefeitura, que manda na Casa…)
Os vereadores terão de votar a proposta que obriga os shoppings e outros estabelecimentos comerciais a liberar parte de suas vagas de estacionamento gratuitamente para a população. A justificativa do autor, Mauro Ignácio (PSB), é particularmente razoável. Diz o vereador que os shoppings, por exemplo, são obrigados por lei a ter um certo número de vagas, caso contrário nem recebem o habite-se. Essas vagas, defende o vereador, deveriam ser vistas como uma obrigação, não como meio de lucro.
Em outras palavras, a cidade dá a permissão para que o estabelecimento funcione. Mas, em troca, é preciso que os donos arquem com alguma compensação para os cidadãos. Ou seja: os lojistas terão um lucro grande por ocuparem normalmente uma parte nobre (e grande) do solo urbano. É justo que contribuam para resolver os problemas da cidade. E há mais.
Há também o fato de que os próprios shoppings (e congêneres) aumentam eles próprios o tráfego de automóveis, e portanto precisam fazer algo para ajudar a resolver o problema que eles mesmos ajudam a criar. O estacionamento, assim, é uma obrigação que têm com a sociedade. Mas será que os vereadores entenderão assim, livres de pressão dos interesses econômicos?
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