O recente aumento de preocupação da classe média brasileira com os animais de estimação está tendo reflexos nítidos na vida política. A Câmara de Curitiba, por exemplo, se tornou um centro de discusão de políticas públicas para bichinhos.
Juntos, os 38 vereadores que tomaram posse no início do ano apresentaram 388 projetos relacionados à causa animal. O resultado foi obtido com base em uma pesquisa simples na página da Câmara Municipal de Curitiba. Digita-se a palavra-chave na busca, limita-se a data, e lá vem a informação.
Há de tudo. Cria-se o Dia Municipal dos Direitos Animais. Institui-se o Dia Municipal da Adoção Animal. Propõe-se o sepultamento de animais em cemitérios humanos. E, claro, cria-se a Frente Parlamentar em Defesa dos Animais.
Os 388 projetos e requerimentos equivalem a 10 proposições para cada vereador, em média. Também mostram uma certa hierarquia na ordem de interesse dos parlamentares. Projetos para “idosos”, por exemplo, são bem menos numerosos: 224 no mesmo período. Catadores de papéis e recicláveis foram assuntos de singelas 12 proposições.
Nem mesmo a educação anda atraindo tanto a atenção dos vereadores quanto os animaizinhos dos curitibanos. Foram 332 propostas referentes ao assunto em sete meses de atividade legislativa. Faltaram 50 para que o tema tivesse a mesma importância dos bichinhos.
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