Na manhã desta terça-feira (20) os servidores que se manifestavam contra o pacotaço – proposto pelo prefeito de Curitiba Rafael Greca – invadiram a Câmara. Os vereadores estavam reunidos no plenário quando os manifestantes entraram.
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Julieta Reis (DEM) disse que em todos os seus mandatos nunca tinha passado por nada semelhante: “Eu senti medo mesmo”. A vereadora diz que estava sentada de frente para a porta de vidro. “Vi a porta sendo empurrada. E a PM fez o que devia, tentou conter sem agredir. Mas vi que eles iam entrar e claro que dá medo”, afirmou.
Também de frente para a porta, Mauro Ignacio (PSB), parte da mesa executiva da Casa, disse que a situação era “tensa e triste”. A maior preocupação era retirar as vereadoras, como Dona Lourdes, do plenário em segurança. Lourdes, de 92 anos, foi escoltada para fora do plenário pelo vereador Mestre Pop.
Ignacio falou sobre a ação dos policiais: “Esperava que a polícia pudesse conter [os manifestantes], mas sem o uso de força excessiva”. A intenção era evitar um novo 29 de abril. Ele afirmou que os servidores não entraram com a intenção de agredir os vereadores, “o intuito era só ocupar”.
Sabino Picolo (DEM), também ressaltou a atuação da polícia no momento. Disse que demorou para sair do plenário e que permaneceu na sala ao lado estudando projetos. Para ele o momento de maior estresse ocorreu quando a porta foi arrombada e a gritaria que se seguiu. Na próxima segunda-feira (26), os vereadores devem se reunir mais uma vez para tentar votar os quatro itens de ajuste fiscal da cidade.
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