Cida Borghetti com o presidente da Assembleia, Ademar Traiano.| Foto:

Colaborou: Euclides Lucas Garcia

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Às vésperas do primeiro de maio, começam a surgir boatos de que a nova governadora do Paraná, Cida Borghetti, poderia contrariar o discurso de Beto Richa e tentar conceder algum tipo de reajuste, ainda que pequeno, aos servidores públicos.

O funcionalismo paranaense está sem reajuste há 27 meses, em razão do duro ajuste fiscal feito por Beto. Segundo ele, não havia nem como repor a inflação sem colocar em risco as finanças do estado e o investimento em áreas prioritárias. O governador também dizia que os servidores já tinham salários razoáveis e precisavam compreender a situação.

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Nem Cida Borghetti nem sua equipe confirmam qualquer intenção de retomar os reajustes. Porém, nos bastidores, a informação começa a ganhar corpo. Deputados já teriam sido sondados, para saber se não sentiriam constrangimento de aprovar um reajuste agora depois de terem negado no governo anterior – afinal, a base é praticamente a mesma.

E o reajuste seria uma facada na já abalada popularidade de Beto Richa, que passaria por mão-de-vaca, enquanto Cida sairia por cima.

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Os deputados dizem que não se sentem constrangidos, e avisaram isso à governadora. No entanto, mesmo assim, os mais próximos à governadora negam qualquer intenção de reajuste.

Um aliado de Beto Richa diz apenas que a ideia faria sentido. “Cada um sabe onde a coisa pega. Não será com sorrisos e gentileza que ela crescerá nas pesquisas e sim com atitudes”, diz, lembrando que Cida só tem 5% das intenções de voto para o governo até agora, segundo o Ibope*. “Há margem orçamentária e financeira”, diz o deputado.

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A reunião com o Fórum das Entidades Sindicais nesta quarta poderia ser um primeiro passo para a retomada dessa negociação.