Em pouco menos de 48 horas, o vídeo em que o pastor Marco Feliciano se defende de uma acusação de tentativa de estupro chegou a 4 milhões de visualizações no Facebook. Isso significa aproximadamente 2% da população inteira do país.
O vídeo, de quatro minutos, teve até aqui perto de 50 mil compartilhamentos e gerou uma infinidade de comentários. Entre outras coisas, o post permite ver com clareza quanto a figura de Feliciano e a participação da bancada evangélica como um todo divide o país.
Por um lado, os defensores do pastor, deputado federal pelo PSC paulista, desmerecem imediatamente qualquer acusação contra ele, dizendo que a história não passa de uma farsa. Acusam a denunciante de mentirosa e tentam ligar o caso ao PT e ao feminismo.
Alguns se exaltam, como uma moça que escreveu um comentário afirmando que mesmo que o pastor tivesse assediado a moça, por que ela deveria levar isso a público? Assédio, diz o comentário, é algo comum. Já pensou se todas fossem denunciar?
Patrícia Lélis, a denunciante, diz que não só sofreu tentativa de estupro como afirma ter sido mantida em cárcere privado para não denunciar o caso e ter recebido uma proposta de propina para ficar quieta.
A história começou a ser investigada – como toda denúncia tem que ser – e até aqui não há como saber exatamente o que aconteceu. Mesmo assim, os fiéis eleitores de Feliciano não admitem que se ponha em dúvida o comportamento dele.
No vídeo, o pastor da Assembleia de Deus, aparece ao lado da esposa ressaltando estar casado há 24 anos e dizendo ser inocente. Diz que “perdoa” a denunciante e que no seu papel sofre acusações diariamente.
Por outro lado, o vídeo também gerou muitos comentários acusando o pastor de hipocrisia e criticando duramente a postura moralista dele na Câmara dos Deputados – o pastor é um dos principais oponentes de causas como o casamento gay e defende a “cura” dos homossexuais.
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