Tem frases que a gente devia guardar para cobrar sempre de quem disse aquilo. Uma delas era a de Ricardo Teixeira, o eterno presidente da CBF, garantindo que a Copa do Mundo de 2014 não teria dinheiro público.
Isso aconteceu assim que o Brasil foi escolhido para sediar o Mundial. Agora, dois anos depois, acoisa, óbvio, mudou de figura. Fica parecendo que tudo vai sair do seu, do meu, do nosso bolso.
Aqui no Paraná, primeiro veio a ideia esdrúxula de pôr dinheiro de publicidade da Copel num estádio privado. O que, além de ilegal, era ridículo: para que fazer propaganda de um monopólio ao custo de R$ 40 milhões?
Veio a ideia de colocar dinheiro de potencial construtivo da prefeitura: de novo, dinheiro público numa obra privada.
Mas, antes que qualquer coisa dessas se confirmasse, veio a notícia de que o governo federal assinou uma Medida Provisória “desonerando” as obras da Copa em 25%.
Primeiro, já é triste que tenha sido feito por Medida Provisória. Hoje, tudo no país é feito assim. Qualquer dia desses, até final de novela será decidido por MP.
Segundo, a “desoneração” de quem vai investir na Copa quer dizer o seguinte: o que eles não pagarem em imposto, alguém vai ter de pagar.
Os custos não vão diminuir. Se alguém foi “desonerado”, alguém foi “onerado”. Adivinhe quem faz o papel de tolo nessa história? Sim, você, eu e mais 180 milhões de nós.
Copa do Mundo é negócio. Deveria ser bancada pela iniciativa privada, que ganhará milhões, bilhões com o evento. Pôr dinheiro público nisso é aumentar desnecessariamente a nossa já alta carga tributária. É esfolar o povo brasileiro para que o empresário (incluindo aí a diretoria do Atlético) tenha lucros maiores com investimento menor.
O resto é balela.
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