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Querida Marisa:

Sei que você tem trabalhado em dobro com a crise do mercado econômico, que não poderia ter escolhido outro mês, senão agosto, para dar as caras. Sei também das confusões domésticas que andam impedindo que você se dedique aos nossos esportes favoritos: observação à distância, conversa rítmica e crítica sem barreiras. Embora esta seja minha época do ano favorita, tenho de me render às evidências: agosto é mês de cachorro louco.

E como problema pouco é bobagem, tem lambança sobrando na capital ecológica. Soube da sogra que não aparecia no trabalho, lá na Assembléia Legislativa, mas cujo salário era pontualmente depositado na conta do genro? Acho uma vergonha, mas queria ponderar um aspecto do caso com você: o rapaz, funcionário de confiança do nosso prefeito, está servindo como bode expiatório. Ele certamente não é o único a se beneficiar do esquema de funcionários fantasmas.

O fato é que, com a denúncia vindo à tona, ficamos plenamente informadas de que está aberta a temporada de caça para a eleição municipal de 2008. Na esfera federal a coisa não anda nada melhor. Estou revoltada com o plano dos governistas que querem estender benefícios como estabilidade de emprego e direito à aposentadoria no serviço público para funcionários não-concursados. Pode uma coisa dessas?

Estou querendo ouvir sua opinião e saber das novidades. Vou ficar de olho na janela, esperando você aparecer para dois dedos de prosa.

Abraço,

Sandra

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