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Celso Daniel e o esquema do PT

Foto: Epitácio Pessoa/Agência Estado (Foto: )

Nesta quinta-feira o assassinato do prefeito petista Celso Daniel completa 16 anos. Um bebê nascido naquele exato momento já poderia votar; só espero que não no PT. O caso Celso Daniel, até hoje não resolvido de forma satisfatória, é uma mancha negra na história da política brasileira e um dos primeiros sinais claros do modelo de corrupção endêmica que depois se tornaria a marca registrada das administrações petistas. A hipótese que parece fazer mais sentido é a que aponta o assassinato como ação criminosa preventiva, procurando evitar que Celso Daniel denunciasse publicamente desvios de verba. Ninguém sabe se ele denunciaria apenas desvios de verba para usos particulares, e não partidários, demonstrando assim fidelidade à estranha moral bolchevista do partido, em que os fins justificam os meios e roubar para o partido é coisa boa de deus. Em todo caso, ele estaria prestes, dizem, a abrir a boca.

Não dá mais para saber. Ele foi morto. As testemunhas foram mortas. Quem sabe não fala, ainda que possamos ter alguma esperança, com o progressivo aumento do time dos dedos-duros causado pelas ações da Justiça Federal.

O que sabemos é que o esquema que funcionava – e isso foi provado – na prefeitura petista de Santo André era uma versão miniatura, um embrião, do esquema muitas vezes multibilionário com que o PT recolheu dinheiro público e particular (pagando por este com dinheiro público, claro) durante o triste período em que tentaram transformar o Brasil numa versão continental de Cuba ou Venezuela. Malas e mais malas de dinheiro sendo recolhidas em prol do partido em empresas que depois ganham contratos ziliardários com o poder público. Verbas públicas despejadas nas contas das mesmas empresas, com favorecimentos ilegais, muitas vezes até secretos. É este o modus operandi criminal do PT, e era esse, embrionariamente, o modus operandi do esquema petista na prefeitura de Santo André.

Celso Daniel morreu em janeiro de 2002. Lula subiu ao poder no primeiro dia do ano seguinte. Foi eleito por uma campanha em que escondia as garras e fingia ser um “Lulinha Paz e Amor” que na verdade jamais foi. Assim que chegou ao poder, com a bênção de Fidel Castro e para alegria dos ditadores de extrema-esquerda mundo afora, apressou-se a montar seu esquema, de acordo com o já testado e aprovado em inúmeras prefeituras e governos petistas anteriores, mas dessa feita em escala monumental. Nenhuma prefeitura, nenhum governo, tem a quantidade de dinheiro vivo que uma Petrobras tem, ou de que uma Odebrecht pode dispor se lhe forem dadas obras bilionárias em troca.

E tome obras! Construímos um porto avaliado em US$ 1 bilhão para os irmãos Castro manterem melhor sua ditadura cubana: um porto do qual ninguém pode sair, mas por onde cargas estranhíssimas passam dia e noite. Construído com o dinheiro de nossos impostos, que muito mais bem empregado seria se fosse para o nosso Porto de Paranaguá, aqui de onde sai o dinheiro dos contribuintes que o petismo espalhou pelas ditaduras amigas e devorou sequiosamente para o consumo do próprio partido. O nosso porto sofre com a falta de dragagem, sofre com transportes péssimos, acessos rodoviários insuficientes e em estado lastimável, e uma ferrovia que já há décadas merece duplicação. Mas não: o petismo preferiu matar dois coelhos fofinhos com uma cajadada só, apoiando a ditadura cubana e embolsando uma fortuna via Odebrecht.

Celso Daniel reconheceria o esquema, sem sombra alguma de dúvida, tivesse sobrevivido para ver. Mas não sobreviveu: o petismo não mata apenas a alma, não devasta apenas a economia do país: ele também mata o corpo. E as testemunhas, e quem mais der muito trabalho. É um esquema criminoso intercontinental, não apenas um partido político. É mais que tempo que essa praga seja varrida de nossas plagas; esperemos que uma condenação no julgamento em segunda instância do cabeça da quadrilha, quarta-feira que vem, jogue a pá de cal final nesse projeto de poder assassino que tanto mal fez à nossa pátria.

Já morreu gente demais.

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