A situação atual da Venezuela serve de exemplo ao Brasil: é disso que escapamos. Como fartamente comprovado pelo apoio formal e explícito à ditadura de Maduro pelos partidos de extrema-esquerda brasileiros – PT inclusive e especialmente –, o projeto do PT para o Brasil era exatamente esse. Transformar-nos na imensa Cuba dos sonhos de José Dirceu, em uma ditadura em que só tem direito a voz quem marcha a passo de ganso com o ditador, em uma vastidão empobrecida apesar das maiores riquezas naturais. Apenas o comunismo é capaz de fazer falir um Estado que produz petróleo, e Maduro conseguiu esse feito.
É por isso que é importante que não nos deixemos levar pelo discurso da extrema-esquerda, que nega legitimidade ao atual presidente por ser seu mandato, em tese, fruto de um suposto golpe – quando na verdade ele não tem legitimidade por ter sido, com sua antecessora de triste memória, “eleito” em uma eleição impossível de ser submetida a recontagem de votos, ou seja, que só não foi roubada se não quisessem. E, dada a mínima vantagem eleitoral do segundo turno, ela provavelmente o foi.
Também é uma armadilha a narrativa segundo a qual o problema do PT é apenas que roubou mais que os demais partidos. É bem verdade que eles roubaram mais, muito mais, mas o objetivo deles ao fazê-lo é o problema real. Enquanto os fisiológicos cuidam apenas de molhar o próprio bico e garantir que os filhos e netos não precisem jamais, eca!, trabalhar, o PT empregou o dinheiro desviado para sustentar ditaduras amigas e demais parceiros de projeto, como os grupos paramilitares do MST e outras organizações, além de comprar o voto dos fisiológicos no atacado, de modo a conseguir manter-se por cima da carne seca.
É por isso que urgia arrancá-los do poder como a uma praga, um alien de filme de terror. Para isso, vale a pena até mesmo aguentar uma presidência igualmente ilegítima, mas que – parabéns ao presidento em questão – pelo menos parece decidida a entrar para a história fazendo as reformas que todos sabem ser necessárias e ninguém teve coragem de tentar fazer. Coisa rara, aliás: um político que pensa mais na história que nas próximas eleições. Qualquer observador de bom senso, todavia, saberia que as chances de reeleição de Temer, não importa que truques ele tirasse da manga, seriam sempre ínfimas.
Olhemos, assim, para o norte e vejamos de que escapamos. Era esse o caminho pelo qual o PT nos conduzia, e é esse o caminho pelo qual eles e seus colegas da extrema-esquerda sonham ainda em nos conduzir. Nenhum deles pensa em se mudar para Cuba ou para a Venezuela, menos ainda para viver como cidadão comum por lá, mas todos sonham em trazer para cá as horrendas condições de vida econômica e política que assolam aqueles países, “reconquistando na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu”. Não é de se estranhar que em muitos países do Leste Europeu o comunismo e o nazismo sejam tratados legalmente da mesma maneira, como ideologias daninhas à sociedade e de difusão proibida. É disso, repito, que escapamos aqui. Graças a Deus.