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Estupro e masculinidade desordenada

Foto: Pixabay (Foto: )

Dentre as besteiras mais absurdas do discurso psicótico das esquerdas atuais é a afirmação de que teríamos uma “cultura do estupro”. Ora, poucos crimes são tão detestados por nossa cultura quanto o estupro, que frequentemente garante a seus culpados uma punição muito mais severa que a da lei, nas cadeias onde esta os trancafia. Até os assassinos e os traficantes consideram estupradores seres desprezíveis. Mas de onde vem esta ideia, e como se faz para propagá-la? Bom, a primeira medida é a transformação de tudo, ou quase tudo, em estupro. Isso já ganhou força de lei, prejudicando tremendamente as vítimas, quando o crime foi retipificado, eliminando na prática o atentado violento ao pudor e fazendo com que muitos criminosos que seriam acusados de ambos os crimes passassem a sofrer apenas as penas da lei para um deles. No discurso esquerdista, contudo, a coisa vai mais longe ainda. Cantadas grosseiras de pedreiros às moças bonitas que passam na porta da obra são consideradas uma espécie de estupro, assim como, basicamente, qualquer afirmação sexual masculina de que a moça não goste. Imagino que em alguns casos um carro zero estacionado na porta da moça com as chaves entregues em meio a um buquê gigantesco de rosas vermelhas seja também tido por estupro. Improvável, mas possível.

E o que é o estupro, na realidade? Ele é uma violação gravíssima e violenta da integridade e da dignidade feminina, consistindo na cópula forçada. Em outras palavras, o estuprador força a sua vítima ao intercurso sexual, usando de sua força maior – de que é dotado o sexo masculino para proteger as mulheres – para o fim oposto. O ventre da mulher é o santo dos santos da espécie humana, pois é de lá que vêm as futuras gerações. De uma certa maneira, podemos afirmar com certeza que é no ventre de cada mulher que reside o futuro. Daí a força masculina: temos a missão de proteger este recinto sacral, para que garantamos a perpetuação da espécie humana. Qualquer biólogo evolucionista é capaz de compreender isto. A violação desordenada deste recinto, colocando a serviço das mais baixas paixões do homem o que nele existe para garantir algo tão mais alto, é uma perversão do ser masculino a serviço de uma perversão completa do ser feminino. O estuprador renega a sua hombridade para negar na prática a dignidade feminina. Como diz o vulgo, “isso não é coisa de homem”. E eles têm razão. Para o estuprador, do mesmo modo, sua vítima não é exatamente uma mulher, e certamente não é aquela uma mulher, com seus sonhos e aflições, com sua vida e dignidade próprias. Ela é uma espécie de boneca de borracha com formato particularmente atraente e orifícios convidativos, desprovida de dignidade e portanto incapaz de ser respeitada.

Como isso pode acontecer? Como um homem consegue colocar-se tão abaixo do padrão mínimo de comportamento inscrito por lei natural em nossos corações (ou em nossos genes, se preferirem)? Isto se dá por duas razões: a primeira é a atração que o corpo feminino exerce sobre o homem marcado pelas consequências do Pecado Original (ou seja, sobre o homem que – como todos nós – frequentemente acha o mal mais fácil e mais convidativo que o bem. Como de costume, considere o leitor o Pecado Original uma bela metáfora ou uma realidade da Fé, o resultado é o mesmo). As mulheres, que não têm semelhante atração pelo corpo masculino, no mais das vezes são incapazes de perceber e lidar de maneira adequada com este fenômeno. A mulher, em sua superioridade natural de quem escolhe o parceiro, percebe o homem como um ser íntegro, uma união substancial entre alma e carne que não pode ser reduzida a uma das suas partes. Assim, ela vê no corpo do homem um componente de seu ser, que pode ser perfeitamente suplantado pela sua mente, por exemplo, ou por qualquer outro elemento deste ser complexíssimo que é o ser humano. As paixões provocadas pelo célebre físico britânico Stephen Hawking, que poderia ser apresentado como a epítome da mente forte em corpo fraco, não me deixam mentir. A mulher busca no homem força, seja ela intelectual, física ou mesmo financeira; mas é uma força que vem do homem completo, não apenas de uma de suas partes. É o homem todo que ela deseja, ainda que seja sempre uma qualidade de força sua que a atraia.

Já o homem, cuja natureza faz com que o principal elemento a busca na escolha de parceiro seja a saúde para levar a termo o mistério reprodutivo, tende a procurar nas mulheres apenas sinais exteriores dela. Daí a importância do corpo feminino na sexualidade masculina ordenada: o homem, na sua busca por uma companheira, naturalmente procura a fertilidade, que é algo físico e corpóreo, não a “força” ou poder que a mulher busca. Aquela é simples, adequada ao raciocínio mais direto e limitado do sexo masculino; esta é complexada, adequada à intrincada rede de sinais sociais perceptíveis apenas pelas mulheres. Mas o resultado disso é simples, e toda mulher acaba percebendo tristemente ao longo de sua vida como isto funciona. Após uma certa idade, como uma fruta sem o viço de quando acabara de chegar à maturação, a mulher simplesmente deixa de interessar ao comum dos homens. É um mecanismo extremamente semelhante, ainda que com o sinal contrário, do que lhe acontecera décadas antes, quando subitamente passara a atrair o olhar masculino nas ruas. Iniciada a fase fértil, inicia-se o interesse masculino; concluída ela, cessa este também. À idade fértil, claro, somam-se ainda mais sinais exteriores de fertilidade: as curvas do corpo, em que um quadril mais largo facilita o parto, os seios fartos e rijos, a pele sem máculas, a simetria da face e dos membros, etc. Quanto mais elementos que apontem para uma fertilidade presente e descomplicada houver, maior será o interesse masculino, mais forte será o efeito que a visão daquela mulher causa no homem médio.

E enquanto este interesse existe, ele opera no homem com uma força e um imediatismo que as mulheres dificilmente conseguem perceber de forma clara. Uma moça bonita passando pelo campo de visão de um homem faz com que ele gagueje, perca completamente o fluxo de ideias que vinha expondo, e tenha, finalmente, que fazer um esforço consciente para não deixar tudo de lado e dar-lhe atenção exclusiva. Isto jamais aconteceria se os sexos fossem trocados. Ao contrário da mulher, que precisa conhecer ao menos algo do ser humano integral para ter atração real por ele (ainda que este conhecimento possa ser falso, como no caso das mocinhas apaixonadas por galãs de cinema que acreditam nele, quando as suas fotos em revistas vêm acompanhadas de platitudes como que ele “gosta de longos passeios de mãos dadas à beira-mar”), ao homem inicialmente basta a constatação da fertilidade via beleza. Depois, claro, é possível que haja aspectos da moça que afastem o rapaz e o façam perder o interesse, assim como outros que o aticem ainda mais. De início, contudo, é assim que a coisa se opera.

E daqui passamos ao segundo ponto prometido alguns parágrafos acima, à segunda razão que, somada ao que acabamos de expor, leva alguns homens à baixeza suprema, à negação dolosa de sua hombridade que é o estupro. Trata-se de outra das muitas diferenças entre homem e mulher, e também está relacionada à diferença entre a complexidade e riqueza do sexo feminino e a comparativa rudeza e simplicidade do masculino. É a mulher quem escolhe, evidentemente, a quem dará seu favor dentre todos os homens que por ela competem enquanto ela está no período de sua vida em que deve e pode escolher quem estará ao seu lado na velhice, quem cujos filhos ela levará no ventre, parirá e criará sob sua proteção. E por ser maior o campo de interesses feminino, é proporcionalmente maior também a variação entre os homens.

Toda distribuição normal de uma característica – qualquer característica, da capacidade intelectual ou talento musical ao tamanho dos pés ou narizes – ocorre numa curva que, representada graficamente, assemelha-se a um sino. A quantidade de representantes do universo pesquisado que apresentam aquela característica começa sendo muito pequena, e rapidamente vai subindo à medida que cresce quantitativa ou qualitativamente a presença da característica, atingindo seu apogeu naquilo que é a média da quantidade ou qualidade pesquisada, numa curva que é espelhada fielmente na diminuição do número de elementos em relação a ela. Dizendo de outro modo, há sempre um pouquinho de gente que está na parte inicial da curva, ou seja, que é quase desprovida daquela característica (pessoas com o nariz muito pequeno ou incapazes de assoviar uma melodia ou batucar um ritmo, por absoluta ausência de talento musical), uma quantidade exponencialmente maior de gente que está perto do padrão (com um nariz “normal” e capaz de batucar e assobiar uma melodia), e, finalmente, uma quantidade igualmente pequena de pessoas avantajadamente providas da característica pesquisada, qualquer que seja ela (pessoas com um nariz monstruosamente grande ou com o talento musical de Mozart).

A diferença entre o homem e a mulher, em praticamente todos os estudos feitos até agora, demonstra uma diferença muito grande justamente na forma que toma esta distribuição de toda e qualquer característica. A curva do sino masculina, em comparação à feminina, é tremendamente achatada, fazendo com que entre as mulheres seja mais comum estar na média que entre os homens e, conversamente, entre os homens haja desproporcionalmente mais elementos periféricos (pessoas incapazes de batucar ou assoviar, ou Mozarts) que entre as mulheres. Assim, a chance de haver um gênio ou um idiota completo, um Hércules ou um fraquelo incapaz de levantar um saco de arroz, um Pavarotti ou uma taquara cantante, é muito maior entre os homens que entre as mulheres. Nelas a distribuição tende muito mais ao centro, o que faz com que as mulheres raramente atinjam uma das extremidades, em comparação com o homem. Assim, uma mulher qualquer, aleatória, tem uma chance muito maior que um homem qualquer, aleatório, de cair na parte média da distribuição do que quer que seja, da obesidade corporal à inteligência ou beleza, da força física ao talento para engenharia aeronáutica, etc. Isto se coaduna perfeitamente com o que vimos acerca da diferença entre os sexos no tocante à escolha de parceiros de vida: afinal, se o homem escolhe – ao menos inicialmente – por fatores tão “rasos” e superficiais quanto as curvas do quadril e a simetria do rosto, ele o faz porque os outros aspectos que fazem daquela uma mulher uma parceira de vida potencialmente boa têm, estatisticamente falando, uma grande chance de estar dentro de um quadro no mínimo aceitável. Há poucas mulheres psicopatas, há poucas mulheres completamente idiotas, há poucas mulheres, em suma, que fujam do padrão de normalidade ao ponto de não mais serem bom material para uma esposa.

Já do outro lado, o quadro é muitíssimo mais complexo: a mulher tende a escolher o homem que se destaca, o homem que é dotado do que acima chamei de força ou poder. Ela quer, pode-se dizer, o melhor. E ela tem razão, na medida em que é ela quem escolhe. Há sempre mais pretendentes que vagas no coração de uma moça. O melhor, todavia, é aquele que se situa na pontinha direita do gráfico do sino achatado das características humanas. É nisso que entra a pré-escolha feita pela mulher: qual é a característica que ela percebe como definidora do homem que ela busca? A inteligência? A força física? A agressividade? A paciência? A fortuna? O poder nu e cru de um policial ou general? Seja qual for a característica, a mulher terá à sua escolha uma quantidade de homens superdotados bem maior que a de mulheres naquela mesma característica, o que é percebido no achatamento da curva de distribuição masculina.

(Daí também, curiosamente, a tendência hoje observada de mulheres de meia-idade que, por não terem tido sucesso em suas parcerias amorosas com o sexo oposto, acabam por tomar como companheira outra mulher, que, logicamente, será tão mediana quanto ela em tudo. Dada o desinteresse geral do sexo oposto por mulheres na menopausa, que lhes faria ter que aceitar alguém na vasta extremidade inferior do espectro masculino, a escolha de uma companheira semelhante parece-lhes, na sociedade atual, um melhor negócio.)

Do mesmo modo, todavia, há entre os homens uma quantidade desproporcionalmente grande de homens maldotados, de homens abaixo, muito abaixo, da média no tocante a qualquer característica que se busque ou pesquise. Este não é um dado de valor tão imediato, na medida em que a busca pela característica em que aquele dado homem é tremendamente inferior à média não representa a totalidade das mulheres; o exemplo, mais uma vez, de Stephen Hawking, cuja situação no extremo negativo da força física é compensada pela sua presença no extremo positivo da intelectual, é o mais claro. Ele jamais competiria com Arnold Schwarzenegger por uma esposa, mas tomaria com facilidade a namorada de outro professor universitário, que perceberia nele uma força intelectual superior à daquele que ela antes havia selecionado como parceiro de vida potencial. Mesmo assim, esta é uma das razões por que nascem mais mulheres que homens: se houvesse uma exata distribuição, o ditado pelo qual “sempre existe um chinelo velho para um pé doente” não faria sentido. É o que ocorre nos povos que permitem a poligamia; nestes, apenas os jovens mais bem-sucedidos em algum campo de ação (os melhores guerreiros, os mais ricos, os gênios) conseguem esposa, pois os homens de meia-idade e os velhos retiram do mercado matrimonial uma quantidade grande de mulheres ao tomá-las como segundas ou terceiras esposas.

Entre as características em que percebemos esta curva achatada no meio masculino, que são todas, há também a de elementos psico e neurológicos necessários à vida em sociedade. Há muito mais homens psicopatas que mulheres; há muito mais autistas do sexo masculino que do feminino; há muito mais criminosos homens que mulheres; há muito mais homens demasiadamente agressivos que mulheres; há muito mais deficientes mentais de todos os tipos no sexo masculino que no feminino. E por aí vai.

O resultado de todos os fatores acima apontados nos dá, então, a explicação completa do problema do estupro, que decididamente só é um problema cultural na medida em que a nossa cultura, por artes aliás justamente da esquerda, vem sistematicamente eliminando os elementos que tinham como função precípua proteger as mulheres do perigo de estupro, como a modéstia ao vestir-se, o cavalheirismo, a subsidiariedade, os códigos de conduta femininos e masculinos sintonizados, etc. O estupro ocorre pela infeliz coincidência de uma quantidade desproporcionalmente maior de psicopatas, de pessoas desprovidas dos mais elementares elementos psiconeurológicos da vida em sociedade, justamente no sexo em que a atração sexual se dá primordialmente por aspectos superficiais do objeto de atração, cuja força física é maior, e que penetra ao invés de acolher. As raras, raríssimas mulheres psicopatas dificilmente terão algum interesse num homem que passa ao acaso apenas devido a suas proporções físicas. Se tiverem, não terão força para atacá-lo sem que tenham previamente conseguido uma arma. Se o atacarem, não conseguirão fazer com que ele tenha a resposta fisiológica que torna possível a relação. E por aí vai. Isso faz com que o estupro seja um problema quase que exclusivamente masculino. Há um ou outro caso de mulheres que prendem homens e os forçam, ou tentam forçá-los, a atos de natureza sexual; a complexidade do que vai pelas cabeças dessas raríssimas criminosas, todavia, é infinitamente maior que a simplíssima e assassina equação do estuprador do sexo masculino, que poderíamos sintetizar assim:

atração pela vítima x oportunidade x psicopatia = risco de tornar-se um estuprador em ato

O que pode diminuir tremendamente o número e a gravidade dos casos de estupro não é nem tatuagens “não é não” (como se a tatuagem tivesse poderes mágicos!), nem cartazes, nem campanhas de TV e rádio. Tudo isso, na verdade, tende a exacerbar os casos, na medida em que o estuprador sente prazer justamente em violentar, violentar ao mesmo tempo a mulher e a sociedade. Um freudiano diria que o estuprador está violando a mãe para vingar-se do pai, e a sociedade é ao mesmo tempo ambos. Assim, uma demonstração de impotência e preocupação por parte da sociedade tende a ser um excitante a mais para o estuprador. Mau negócio.

Como a psicopatia é uma variável individual sobre a qual ninguém, nem mesmo o próprio psicopata, tem controle, só o que pode diminuir socialmente o número de estupros é a diminuição dos demais elementos do lado esquerdo da equação acima: atração e oportunidade.

Cabe, evidentemente, apontar que ninguém que não o tarado é efetivamente culpado pelos atos dele. Assim, é na melhor das hipóteses um irresponsável quem diz que a vítima de um estupro seria a culpada por ele ter ocorrido. Mas, mesmo tendo isto em mente, cumpre igualmente observar que a atração pode ser diminuída pelo cuidado ao vestir-se. Não digo que as moças devam andar enfiadas em fronhas gigantes como querem os maometanos, mas que tenham em mente o efeito que provocam nos homens. A atração provocada pelo corpo feminino naquela relativamente ampla margem de psicopatas do sexo masculino é semelhante à que relógios caros e joias provocam nos ladrões. Se a moça teria medo de usar em dada ocasião um Rolex de ouro maciço ou um colar de pérolas, mais razão ainda deveria de temer exibir algo tão mais valioso que qualquer joia, que é o seu corpo. Uma moça seminua é provocante, mas muitas vezes ela se olha no espelho e acha-se simplesmente bonita, sem consciência do que está fazendo com a cabeça dos homens que a veem, dentre os quais pode haver uma quantidade pequena, mas presente, de psicopatas. Dá para estar bonita e, sim, sensual, sem parecer uma alcatra embrulhada para presente. É perfeitamente possível conjuminar beleza, encanto, juventude e atratividade ordenada sem se degradar ao sair de casa seminua ou quase.

Já a oportunidade pode e deve ser diminuída por vários fatores: o primeiro deles, o mais elementar, é que as moças não podem, numa sociedade em dissolução como a nossa, dar-se ao luxo de serem indefesas. Toda mulher tem hoje, infelizmente, o dever de aprender a defender-se sozinha, pois só ela está sempre consigo. Não adianta nada chamar a polícia, se até a chegada da viatura ela pode já estar morta, ou estuprada, ou ambos, sabe-se lá em que ordem; e isso se ela tiver tempo e oportunidade de usar o telefone. Uma arte marcial é um primeiro passo, e é prudente levar sempre consigo algum tipo de arma – de um anel grande que faça do fraco soco feminino uma arma mais potente, a uma arma de choque ou spray de pimenta, passando por agulhas de tricô ou coisa parecida. Um bom instrutor de autodefesa pode orientar as moças neste sentido. Além disso, numa segunda camada da segurança feminina, está o cuidado de deixar sempre que pessoas confiáveis saibam onde ela vai, com quem, a que horas volta, etc. Numa terceira, o cuidado de andar sozinha apenas nos lugares em que haja bastante gente decente e iluminação, policiamento nas ruas e, especialmente, nos campi universitários (onde a onipresença de moças em idade fértil tende a atrair a pior espécie de depravados), assim como todas as demais medidas, digamos, geoterritoriais. Numa quarta, muito distante das primeiras, aí sim, está o incentivo ao cavalheirismo e ao respeito infelizmente em falta na nossa sociedade. Este não é feito com tatuagens no pescoço das moças, mas na educação dos meninos. E, mais ainda, este vai na contramão da dissolução da nossa sociedade. Na prática, assim, ele deve ser percebido não apenas como um projeto no longo prazo, mas quase que um componente da eventual construção de outra sociedade, daqui a algumas gerações. Evidentemente, contudo, ele também serve como indicação do tipo de ambiente a frequentar: uma mulher que circula num meio em que a dissolução moral esteja mais avançada e, por exemplo, em que o sexo desregrado seja a regra (bailes funk, por exemplo) tem evidentemente mais chances de ser estuprada que uma que frequente apenas lugares com uma visão mais sadia. Não que esta não corra risco, e mesmo por parte de pessoas em quem confia! Estupradores não têm escrito na testa sua deficiência moral. Muitos deles são lobos em forma de ovelhas, usando batinas ou fazendo-se chamar “reverendo”, e procurando suas presas justamente nos lugares em que elas menos desconfiariam dele. Daí a importância, retornando ao ponto inicial, de a mulher saber defender-se.

Temos assim a dissecação do problema e uma exposição de meios de lidar com ele. O que não temos, e jamais teremos enquanto a natureza humana continuar sendo a que é (ou seja, sempre), é uma solução. Não há solução. Sempre houve e sempre haverá estupradores e estupros, e a mulher deve usar de toda a sua sagacidade e capacidade de percepção para livrar-se desse perigo. Espero ao menos ter trazido alguns elementos que as ajudem a fazê-lo.

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