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Carlos Ramalhete

Carlos Ramalhete

Guerra na Ucrânia

Holocausto nuclear

Moradores participam de um referendo em uma assembleia de voto móvel em Luhansk, Ucrânia, 23 de setembro de 2022. (Foto: EFE)

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Amanhã é o primeiro (e talvez único) turno das eleições. Eu teria muito a dizer sobre o assunto, inclusive coisa que já até saiu no New York Times, mas infelizmente não é mais permitido afirmar em público certas verdades neste país. Assim sendo, trato da guerra; um horror diferente, mas dentro do mesmo quadro de desconstrução das conquistas sociais e democráticas do século passado.

A guerra, já escreveu Sartre, é “uma grande babaquice”. São velhos malvados, no conforto de gabinetes climatizados, mandando que jovens matem e morram. Esta não é diferente; a diferença é apenas o perigo gravíssimo de uma destruição inaudita em escala. Nunca estivemos tão perto do holocausto nuclear. Durante a Guerra Fria, havia a consciência de que a guerra nuclear seria o fim de tudo. De que as guerras que porventura acontecessem depois dela seriam lutadas com paus e pedras, como teria dito Einstein, pelo simples fato de que pouco ou nada sobraria da civilização presente após uma troca de mísseis nucleares. Esta verdade, porém, parece ter sido esquecida. Talvez por não haver mais testemunhas dos horrores da Segunda Guerra Mundial nos famosos corredores acarpetados do poder, talvez devido à hybris, a forma de loucura arrogante com que, diziam os sábios gregos d’outrora, os deuses acometem aqueles que querem destruir.

Tivemos nesta semana dois acontecimentos cruciais que nos aproximaram mais e mais da terrível destruição mútua assegurada (cuja sigla em inglês, MAD, significa “louco”), cujo horror ao menos serviu durante a já saudosa Guerra Fria para impedir que nos tornássemos todos poeira fosforescente. O primeiro deles, extremamente previsível, foi a realização de plebiscitos visando a incorporação do leste da atual Ucrânia na Rússia. São territórios transferidos da Rússia à Ucrânia 100 anos atrás pelas autoridades soviéticas, num quadro de governo ultracentralizado em que pouca diferença fazia para os habitantes a República Socialista Soviética a que se pertencesse. Hoje, contudo, a diferença é brutal. É essencial.

Com fartíssimas razões – como a lembrança do Holodomor –, quem ama a Ucrânia detesta a Rússia. E, sendo tal a natureza humana, junto com a Rússia acaba-se por detestar cada russo, ainda que inocente

Para a população de fala e cultura russas, o nacionalismo ucraniano é assustador. Afinal, com fartíssimas razões – como a lembrança do Holodomor, a fome generalizada provocada propositadamente pela União Soviética contra a população ucraniana –, quem ama a Ucrânia detesta a Rússia. E, sendo tal a natureza humana, junto com a Rússia acaba-se por detestar cada russo, ainda que inocente. Daí o separatismo daquelas províncias, daí seu abuso pelos norte-americanos (através de seus fantoches ucranianos) para iniciar esta guerra que hoje nos leva todos à beira da aniquilação nuclear. E daí, claro, o abraço da Mãe Ursa a seus filhotinhos. Estranho, estranhíssimo, seria se a Rússia não reabsorvesse de braços abertos essa terra e essa gente que sempre foram suas. Buscando livrar-se do que percebia como o flagelo ucraniano, o plano daquele pessoal oito anos atrás era pedir incorporação à Ursa Maior, à Mãe Rússia. Por razões diplomáticas, para tentar dar ao tratado de paz recém-assinado uma chance, o governo russo pediu que não o fizessem, e por isso e só por isso declararam-se “repúblicas populares” independentes, à moda soviética.

O outro acontecimento, menos previsível e mais prenhe de tragédia, é a concretização de uma ameaça americana. Ela fora feita antes mesmo de provocar a guerra da Ucrânia para matar dois coelhos com uma cajadada só, ao mesmo tempo desgastando a Rússia e impedindo a aproximação dela com a Alemanha. O que era estão ameaça tornou-se agora realidade, com a destruição física dos gasodutos que ligam a Rússia à Alemanha.

O objetivo da Otan, no fim das contas, sempre foi manter os russos fora, os alemães submissos e os americanos por cima. Com os gasodutos Nordstream 1 e, principalmente, Nordstream 2 – este nem chegou a entrar em operação –, o estreitamento de laços entre a Alemanha e a Rússia iria muito além do que a megalomania de nossos irmãos do Norte conseguiria suportar. É por isso que, quando chegava ao fim a construção do segundo gasoduto, os EUA chegaram a ameaçar destruí-los fisicamente. E é também por isso que foi provocada a guerra, forçando a mão do ditador russo até que ele fizesse uma besteira (ou, melhor dizendo, uma monstruosidade; não há outro termo para a guerra moderna) que justificasse, como justificou, a paralisação total do gasoduto recém-construído e jamais utilizado.

A aproximação do inverno no Hemisfério Norte faz com que se tema, com razão, pelo destino econômico e mesmo social dos países no norte europeu. Afinal, naquele clima em que se passam meses sem que o termômetro suba até o zero, o consumo de energia aumenta tremendamente no inverno. Sem gás natural russo, farto e barato, simplesmente não há como manter ao mesmo tempo as indústrias funcionando e as residências aquecidas. Na verdade, dependendo do frio que faça, talvez nem mesmo desligando a energia da base industrial se tenha como manter as residências aquecidas. A tentação alemã de mandar às favas as sanções impostas pelos EUA e abrir a torneira do gasoduto chegaria, então, a grau máximo. E eis que de repente, não mais que de repente, ironicamente marcando o início do outono, surgem danos físicos sérios em ambos os gasodutos. Danos provocados por explosões registradas pelas estações de pesquisa de terremotos. Danos pelos quais Radek Sikorski, ex-ministro da Defesa polonês e – por polonês – compreensivelmente antirrusso, agradeceu aos Estados Unidos.

O que os americanos já haviam ameaçado fazer, portanto, aconteceu. Naquela ocasião, antes da guerra, o escândalo seria grande demais. Hoje, com a guerra em curso e os gasodutos em compasso de espera, é mais fácil assoviar, olhar para o lado e fingir que não se tem nada a ver com isso. É apenas uma garantia, afinal, para manter a Alemanha submissa e participante do projeto de desgaste da Rússia em que os EUA e seus vassalos (não aliados; aliados têm direito a voz) entram com as armas e os pobres ucranianos, com os cadáveres. Algo semelhante à queima dos navios de Cortés, que forçou os espanhóis desembarcados a desistir de amotinar-se e continuar trabalhando pela conquista da América asteca.

Garantida a submissão da Alemanha e o ostracismo da Rússia, avança o projeto. O problema, todavia, é que o projeto não parece estar tendo lá muito sucesso no seu objetivo mais fundamental, que é a eliminação da Rússia como potência. Pelo contrário, até: o aumento do preço de mercado dos combustíveis causado pelas sanções americanas fez com que a Rússia passasse a ganhar mais vendendo menor quantidade, e ainda fomentou a aceleração do projeto sino-russo de conexões para transporte de carga Eurásia afora. Na prática, quem se viu isolado do mundo foram os EUA (com os demais quatro países anglófonos, hoje na prática províncias ultramarinas suas) e a Europa Ocidental. O dólar vem sendo alijado como moeda de troca internacional, e o “extravagante privilégio” americano de exportar apenas a própria inflação e importar um exagero de bens palpáveis está minguando a olhos vistos, levando para dentro do próprio país a inflação que antes era exportada e causando sérios problemas nas cadeias de suprimentos.

O objetivo da Otan, no fim das contas, sempre foi manter os russos fora, os alemães submissos e os americanos por cima

A coisa está tão esquisita por lá que segunda passada aconteceu em Austin uma marcha de pretos armados até os dentes exigindo o fechamento das fronteiras à imigração. Enquanto isso, cerca de US$ 11 trilhões em capitalização de mercado esvaneceram-se como a bruma da manhã num pânico no mercado de ações. Isso depois de praticamente todas as grandes redes de comércio terem suspendido bilhões de dólares em encomendas de reabastecimento, por terem medo de se ver com muito estoque e poucos compradores. Além, claro, do discurso com estética nazifascista em que o presidente virtualmente declarou guerra a metade do país, da invasão do palácio do Trump, da perseguição criminal a todos os trumpistas idiotas que passearam pelo Capitólio na Epifania, e por aí vai.

Como, contudo, na cabeça dos modernos a solução para o que não funciona é sempre mais do mesmo, imprimem-se dólares como se não houvesse amanhã enquanto avançam as sanções e armam-se mais e mais os ucranianos, meras buchas de canhão num jogo muito maior e mais perigoso. A imprensa dita internacional, na prática hoje americana, continua mantendo a ficção da possibilidade de uma vitória ucraniana contra a Rússia, continua inventando instabilidades internas naquele país, continua tratando de louco o Putin –  que de louco não tem nada. Aliás, a crise é tamanha que provavelmente o mais são de todos os atores principais do conflito seja provavelmente ele, que é ruim como cobra, mas não é louco. E é por não ser louco que veio pisando em ovos na sua (re)conquista da Nova Rússia, o tal território acrescentado à Ucrânia na era soviética, que consiste no Sul e no Leste da atual Ucrânia. Afinal, como ele quer tomar aquelas regiões na mão grande, não faria sentido algum destruir tudo para depois ter de bancar a reconstrução. Daí coisas como deixar tomando conta de enorme parcela de território conquistado uma pequeníssima guarnição de policiais – não de militares –, facultando à Ucrânia retomá-la – com o sacrifício de 6 mil vidas, diga-se de passagem. Rapazes que deveriam estar se casando e tendo filhos, não morrendo numa guerra odiosa. Agora, de seu contingente de 25 milhões de reservistas treinados, o governo russo convocou 300 mil, na prática quadruplicando o número de soldados disponíveis para a refrega.

A absorção das antigas repúblicas separatistas – que haviam se tornado independentes por terem sido proibidas pelo mesmo Putin de pedir incorporação à Rússia então – faz ainda com que seja possível ao autocrata russo declarar que o que era mera “operação militar especial com o objetivo de desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia” passe a ser uma guerra de defesa do próprio território russo, desatando-lhe as mãos para medidas muitíssimo mais drásticas. Quais serão elas?, eis a questão.

A mais evidente, que não foi tomada até agora devido à pretensão russa de não ser aquilo uma guerra, sim uma mera operação antiterrorismo, é atacar a Ucrânia propriamente dita, não apenas as tropas ucranianas no interior do território que agora chama de seu e antes “reconhecia” como independente. Em outras palavras, a destruição sistemática da infraestrutura de transportes e de energia que permite – ainda que à custa de mais de US$ 1 bilhão por mês de “mesada” americana – a manutenção de algum governo em Kiev, o envio ao front das armas doadas pelos EUA e seus vassalos, a movimentação de tropas ucranianas, e por aí vai. Além, claro, de ataques diretos aos centros de governo em Kiev e alhures.

Outra novidade previsível será uma mudança radical no modo de operação das tropas russas, em que aos já empregados ataques à distância por artilharia e aviação contra as tropas ucranianas se venham a somar movimentos de pinça, criando mais e mais “caldeirões” (termo russo para os bolsões de soldados inimigos isolados) e sacrificando muito mais vidas ucranianas. Isto pode levar a uma aceleração da conquista territorial, na medida em que ninguém mais pode duvidar que o (novo?) objetivo russo seja a incorporação de toda a costa do Mar Negro e do Mar de Azov, inclusive e especialmente Odessa, com o possível resultado final de incorporação também da Transnístria. Este é um território teoricamente moldavo, em que se situa um dos maiores arsenais da finada União Soviética. Como as recém-incorporadas republiquetas do leste ucraniano e a Crimeia, diz-se independente. Ainda mais que elas, é mantida e gerida pela Rússia.

Aí, contudo, mora um enorme problema: a Moldávia costumava ser parte da Romênia, e há planos para sua reintegração. A Romênia, por sua vez, faz parte da Otan. Uma reintegração da Moldávia à Otan faria com que de uma penada a Transnístria passasse a ser território da Otan controlado (ou mesmo “invadido”, ou “conquistado”, caso seja efetivamente incorporado à Rússia junto com Odessa) pela Rússia.

A absorção das antigas repúblicas separatistas faz com que seja possível ao autocrata russo declarar que o que era mera “operação militar especial” passe a ser uma guerra de defesa do próprio território russo, desatando-lhe as mãos para medidas muitíssimo mais drásticas

Todo esse horror, aliás, é fruto de outro: fronteiras traçadas em mapas para refletir desejos e ideologias, não realidades, como ocorreu ao longo de grande parte do século passado. Tudo aquilo, toda aquela gente inocente – poloneses, ucranianos, tártaros, cossacos, húngaros, romenos, moldavos, russos... – viu-se sob várias bandeiras diferentes em intervalos radicalmente curtos. Mais confusão ainda, e mais problemas que ora emergem, foram causados pelas operações de limpeza étnica efetuadas pelos russos, como a expulsão maciça de toda a gente de fala alemã da Prússia Oriental, colonizada então por poloneses expulsos da Polônia Oriental engolida pela União Soviética. Há, ainda, a absorção da Galícia polonesa pela Ucrânia, junto com a Transcarpátia húngara... e a Nova Rússia hoje em disputa. Na prática, nenhuma fronteira naquela região – ela mesma uma vasta fronteira civilizacional, como já escrevi aqui mesmo – corresponde a mais que desejos de burocratas comunistas, gente não exatamente conhecida por sua sagacidade.

Daí os problemas, e daí as possibilidades de escalação tremenda da guerra, agora que a Rússia, de uma penada, fez seu para todos os efeitos o território que antes era tido como de aliados – as republiquetas do Vale do Rio Don. Ao considerar os (contra)ataques ucranianos aos territórios novorrussos ataques à integridade territorial russa propriamente dita, abre-se a possibilidade de (contra)ataques russos não apenas à Ucrânia, mas ao titereiro que a move. Estes poderiam limitar-se à Europa, por exemplo destruindo as bases da Otan de que saem as armas enviadas à Ucrânia, ou mesmo os centros de decisão da Otan, ou mesmo – ainda falando apenas de armas convencionais, não de armas atômicas – bem mais longe, no coração do império que ora agoniza como uma fera encurralada. Um míssil ultrassônico no Pentágono, por exemplo, seria uma maneira nem um pouco sutil de dizer “chega”, mas ninguém jamais acusou os russos de sutileza.

Brota aí, então, a possibilidade de uma guerra atômica. Por ora não há nada que aponte para o surgimento direto de alguma das circunstâncias em que a doutrina atômica russa libera o uso de armamento nuclear. São elas apenas duas: uma “ameaça existencial” à Rússia, ou seja, a possibilidade de fim do Estado ou da nação russos, e um ataque nuclear. Por outro lado, são tantas e tão absurdas as “acusações prévias” que vêm sendo feitas pela propaganda americana de que a Rússia (aliás “o sanguinário ditador Putin, Hitler redivivo”...) estaria prestes a usar armas nucleares que é impossível eliminar a possibilidade de um ataque de falsa bandeira. Isto poderia ser feito com a detonação de alguma arma atômica da era soviética que tenha permanecido em mãos da Otan, para garantir que a perícia aponte origem russa do material empregado, ou na cara dura, mesmo. O alvo seria alguma cidade na Ucrânia propriamente dita – que, afinal, entra com os cadáveres no projeto americano – ou mesmo, para garantir que a coisa fique bem feia, em algum outro território dominado pela Otan. Havendo colaboração polonesa no processo, um ataque de falsa bandeira provavelmente haveria de ocorrer na Alemanha, o que para muita gente no atual governo polonês seria uma maneira de matar dois coelhos com uma cajadada só; afinal, o mesmo ódio que devotam aos russos eles têm dos alemães. Com igual razão, diga-se de passagem.

Mas mesmo um ataque russo real com munição convencional contra alguma instalação importante da Otan poderia levar ao início de uma conflagração nuclear em escala quase mundial (digo “quase” porque poucas razões haveria para atingir alvos no Hemisfério Sul). Afinal, ao contrário da parcimônia da doutrina nuclear russa, a americana em sua versão atual dá a comandantes de teatros locais autonomia decisória quanto ao uso de armas nucleares ditas táticas, com poder de destruição menor que o dos mísseis projetados para destruir de uma só vez uma megalópole. Limitada que seja a destruição, todavia, o mero uso de armas nucleares contra tropas russas, mormente se elas estiverem em território que os russos consideram seu, já se incluiria num dos casos em que um contra-ataque nuclear seria permissível por sua doutrina.

Para piorar a situação, o ditador chinês mandou que suas Forças Armadas se preparassem para a guerra. Que guerra? Ele certamente não tem interesse algum em se meter na questão ucraniana. Contudo, o sucesso comercial e militar russo na guerra mista provocada pelos EUA, somado ao desabastecimento das intendências militares americanas causado pelas fartas doações de armas à Ucrânia e ao crescendo de provocações – políticas e bélicas – americanas contra a China podem levar à conclusão mais evidente de ser melhor tomar a iniciativa que ser forçado à ação como foi a Rússia. Neste caso, a janela de oportunidade é relativamente curta. Com a chegada do outono, finda a temporada de tufões das monções sem que tenham ainda surgido as dificuldades de movimentações militares em massa no frio invernal. Uma operação militar anfíbia para anexação de Formosa teria seu momento ideal este mês, e a absoluta imprevisibilidade dos EUA atuais, cujo presidente diz coisas do arco da velha apenas para que seus supostos subordinados o desdigam logo em seguida, pode levar à conclusão de ser melhor decidir agir que ser pego no contrapé como foi a Rússia.

O que se tem é uma loucura coletiva em que no plano tático a vantagem é da Rússia e da China, mas a agressão parte dos EUA, enquanto no plano estratégico a destruição mútua é assegurada, mas ainda há quem cogite dar início a um holocausto nuclear

Tanto a China quanto a Rússia têm misseis ultrassônicos que ninguém – nem eles mesmos – consegue interceptar. Os EUA não os têm, mas têm mísseis balísticos intercontinentais em quantidade suficiente para garantir que vários cheguem a seus destinos. Na prática, o que se tem é uma loucura coletiva em que no plano tático a vantagem é da Rússia e da China, mas a agressão parte dos EUA, enquanto no plano estratégico a destruição mútua é assegurada, mas ainda há quem cogite dar início a um holocausto nuclear. Mais ainda: a irracionalidade dos neoconservadores que parecem ter as rédeas do poder americano no momento os faz positivamente buscar, como um Dr. Strangelove tornado Legião, um tipo de confronto que pode perfeitamente causar, literalmente, o fim do mundo que conhecemos. Que pode eliminar do planeta a América do Norte e a Europa. Que pode causar mudanças climáticas tais que poucos sobreviveriam nos lugares não diretamente atingidos. Que pode fazer o que já começou como uma monstruosidade, uma barbaridade, uma guerra totalmente desnecessária movida por razões mesquinhas tornar-se o estopim do último suspiro da raça humana neste planeta.

A esta altura do campeonato, estando mais próximos que nunca do holocausto nuclear, só o que nos resta é rezar. Aqueles que a hybris já domina dificilmente sairão de seu caminho de destruição, mas quem sabe um milagre não venha a ocorrer? Quem sabe a conversão da Rússia prevista em Fátima não venha a ocorrer e, melhor ainda, por “Rússia” se tenha também a Ucrânia – que na época da aparição mariana fazia parte da Rússia –, de tal modo que a guerra cesse, deixando a falar sozinhos os velhos malvados em seus gabinetes?

Estamos nas mãos de Deus.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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