Atlético se entregou ao Galo; lamento coxa-branca; e euforia paranista

Fabiano Soares tem se revelado um treinador mercurial: no jogo passado escalou o Atlético sem atacante de referencia e foi derrotado pelo Santos; radicalizou no jogo com o Galo e escalou três atacantes – Lucas Fernandes, Pablo e Ribamar – todos absolutamente inoperantes.
Depois de um primeiro tempo tecnicamente fraco, no intervalo Fabiano Soares resolveu colocar em campo o meia Felipe Gedoz que, como se sabe, é superior disparado a qualquer outro jogador do ataque atleticano. E ele deu outra feição ao jogo, tanto que o time dominou amplamente o adversário, mostrou maior volume de jogo, porém continuou falho na peça ofensiva.
Após bisonha falha do zagueiro Thiago Heleno na saída de bola Cazarez serviu Robinho que completou com categoria marcando o seu segundo gol no jogo.
O Furacão entregou-se ao Galo por falhas individuais e afastou-se um pouco mais das primeiras colocações na classificação do campeonato.
Coritiba faz lamentação na Bahia
Foi grande a choradeira da delegação do Coritiba após o empate com o Bahia na Fonte Nova.
A lamentação alviverde percorreu da falha grosseira do zagueiro Werley ao pênalti não assinalado pela arbitragem no atacante Henrique Almeida. E ela foi engrossada pela boa atuação coletiva da equipe de Marcelo Oliveira, que teve maior domínio das ações, pressionou mais, porém ficou no empate mesmo.
No lance do gol de Zé Rafael para os baianos, Werley tentou recuar a bola para o goleiro Wilson, mas acabou deixando o adversário em condições para o arremate final. Wilson andou praticando grandes intervenções até que Rildo conseguiu marcar o gol de empate.
Há sete jogos sem vencer é natural o nervosismo que cerca o Coxa nesta altura do campeonato, afinal ele se encontra estacionado na zona de rebaixamento.
O contágio da euforia paranista
O Paraná passou a semana inteira promovendo a mobilização dos torcedores para o jogo com o Internacional, pretendendo colocar 40 mil pessoas na Arena da Baixada. Antes, porém, o time teria que enfrentar o Figueirense. Parece ter havido um pouco de desconcentração do time na má atuação no campo pesado em Florianópolis.
O contágio da euforia que tomou conta da torcida, com a possibilidade de o Paraná retornar depois de dez anos na fila para a série A, e de bater o recorde de público no estádio atleticano, foi sentido durante o jogo na capital catarinense.
O time de Matheus Costa apresentou futebol inferior do que nas partidas anteriores, finalizou pouco contra a meta adversária e esbarrou no bem montado sistema defensivo do técnico Milton Cruz.
O pênalti duvidoso assinalado pela arbitragem irritou, com razão, os paranistas que deixaram de somar pontos diante de um concorrente tecnicamente inferior.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...