Coritiba deu a volta por cima e Atlético enroscou na retranca

Ninguém pode negar que a taça Dionísio Filho – primeiro turno do Campeonato Paranaense – apresentou surpresas ao torcedor.
Mesmo sob o signo de padrão técnico sofrível, com comovente simplicidade da maioria dos competidores, houve um pouco de tudo na primeira fase do certame. O Paraná, por exemplo, terminou em último no seu grupo e o Londrina decepcionou inteiramente.
O Atlético, que voltou a ser representado por uma equipe suplente dentro da política contestatória da sua diretoria, foi amplamente superior vencendo os dois clássicos da cidade como visitante e dando a impressão de que chegaria à final. Mas foi só impressão, pois enroscou na retranca armada pelo técnico Maurílio, do Rio Branco e não saiu do zero em plena Arena da Baixada.
Nos pênaltis, a equipe de Paranaguá foi mais eficiente e ficou com a vaga.
O Coritiba deu a volta por cima nas rodadas finais e pode ser campeão domingo, pois decidirá em seu estádio e com o moral elevado.
Tudo porque o time trilhou árduo caminho até chegar a final do Turno, com altos e baixos que colocaram em cheque o trabalho do jovem treinador Sandro Forner.
Houve um episódio curioso depois da classificação na Copa do Brasil, em Teresina, mas com uma apresentação tecnicamente precária sob todos os aspectos.
Diretoria, comissão técnica e elenco parecem ter se assustado com aquela performance frente ao Parnhayba e, dali em diante, a equipe mudou de comportamento. Primeiro, o treinador resolveu lançar alguns jovens valores que deram a resposta esperada; segundo, os mais experientes também trataram de correr um pouco mais para não perder o lugar.
Dois triunfos fora de casa e a classificação para a semifinal em Foz do Iguaçu.
Dominado no primeiro tempo, quando sofreu o gol, e pressionado desde que alcançou o empate, o Coxa levou o jogo para as penalidades máximas.
Registre-se a boa articulação na jogada que resultou no gol de Kady, com passe de Rusch. Apesar do sufoco, Iago e Evandro tiveram chances de liquidar a partida em jogadas de contra-ataque.
Nos pênaltis brilhou o goleiro Wilson ao defender a primeira cobrança.
Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...