Carneiro Neto

Athletico desperta a curiosidade sul-americana

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Esportes Gazeta do Povo
12/04/2019 17:21 - Atualizado: 29/09/2023 23:33
Treino do Athletico no CT do Caju. Foto Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Treino do Athletico no CT do Caju. Foto Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A conquista do titulo de campeão da Copa Sul-Americana elevou o Athletico a um novo patamar no concerto futebolístico continental.

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Se em outras participações na Copa Libertadores da América, ou na própria Sul-Americana, o time obteve algum destaque esporádico, agora chegou para inserir-se entre os grandes.

O chamado El Paranaense conseguiu atrair a atenção da mídia continental, dos concorrentes e dos estudiosos do negócio futebol não só pelo sucesso esportivo. O completo CT do Caju e a moderna Arena da Baixada complementam o sonho de consumo de qualquer equipe que pretenda tornar-se importante player no mercado.

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Tudo começou em 1995 com a eleição de Mario Celso Petraglia a presidente de um clube endividado, com estádio modesto, sem centro de treinamentos, sem quadro social amplo e na série B do Campeonato Brasileiro.

Um grupo de atleticanos uniu-se ao novo presidente e foi dada a largada da maior transformação registrada no futebol brasileiro nos últimos trinta anos.

Tudo foi discutido e analisado profundamente antes que os primeiros passos fossem dados. Os novos dirigentes avaliaram todas as possibilidades e, degrau a degrau, foram subindo na escalada do sucesso.

Da compra do terreno para a construção do CT do Caju, passando pelo novo estádio – muita gente de fora ainda não acredita que o Athletico tenha edificado duas arenas em menos de vinte anos – até os dias de hoje muita coisa aconteceu.

O sucesso deve-se, primeiro, a ousadia de ter iniciado a transformação; segundo, de ter seguido a cartilha dos bem sucedidos.

A inspiração se deu no acompanhamento da revolução do futebol inglês no inicio da década de 1990. Os ingleses trocaram os destruidores hooligans pelo publico mais consumista de futebol no planeta.

A Liga Inglesa estabeleceu um novo conceito de segurança nos estádios, modernas arenas foram construídas e a televisão passou a encarar o futebol como um dos seus negócios mais lucrativos.

Se no passado o tradicional era o Never on Sunday – não havia jogos de futebol aos domingos – na última década o torcedor pode assistir futebol inglês todos os dias da semana.

Ou seja, já que investe quantias elevadas pelos direitos de imagem, a tevê tratou de transformar as partidas em um programa de grande fidelidade de audiência. Mal comparando, é como as novelas latino-americanas, que passam todos os dias na programação.

Visitando a Arena do Manchester United, negociando o jogador Kléberson, pentacampeão mundial com a seleção brasileira, com o poderoso clube e trocando idéias com o técnico e gerente Alex Ferguson, a diretoria atleticana virou a página da história.

Os americanos chamam de Bench-Mark, copiar o melhor em tradução livre, algo como aproveitar as marcas deixadas na cadeira onde se sentam os pensadores.

Com o passar dos anos o Athletico foi sendo conhecido como um sucesso patrimonial e mercadológico, porém faltava a glória futebolística.

Estruturando o seu departamento de futebol no que existe de mais moderno, criando jogadores em casa e promovendo contratações pontuais sem extrapolar os limites financeiros do clube, os primeiros resultados começaram a aparecer.

Não foi por acaso que o time de aspirantes venceu o seu mais tradicional rival nas finais do Campeonato Paranaense do ano passado.

Como não foi por acaso que o time de aspirantes do Athletico voltou a eliminar o Coritiba, agora nas semifinais do Campeonato Paranaense, e parte para a decisão do título com o Toledo.

Ao mesmo tempo, o time titular ganhou a Copa Sul-Americana, brilha na Copa Libertadores da América e sonha com novos saltos de qualidade na temporada em várias frentes.

O Furacão tentará brilhar da forma mais intensa, reconhecendo evidentemente o poderio técnico e econômico dos adversários nacionais e continentais, na Libertadores assim como será testado na Recopa, na Copa Suruga, na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro.

Uma temporada repleta para o clube que é a grande curiosidade sul-americana.

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