Quando pensamos na periferia, geralmente nos focamos na escassez: de recursos, de incentivos, de acessos. Mas não podemos nos esquecer que em meio a toda essa falta há talentos de sobra, que só precisam de uma oportunidade para brilhar. Quantos jovens cheios de potencial esperam uma chance, não apenas para mudar a sua própria realidade, mas para contribuir para a construção de uma sociedade melhor.
O acesso à cultura, as ações de inclusão social e de qualificação profissional podem fazer toda a diferença na vida das comunidades carentes. Foi com o objetivo de contribuir para essa transformação que surgiu o GESCA (Grêmio Educacional Social e Cultural Águias), que atua em Santo Antônio de Jesus-BA há mais de 30 anos. A organização atua no desenvolvimento integral de crianças, jovens e adultos da periferia, por meio do acesso à cultura, educação socioemocional e qualificação profissional. O GESCA oferece atividades como ballet, canto coral, instrumentos de sopro e percussão, educação socioemocional com foco na construção de valores, qualificação profissional e empregabilidade.
O atendimento voltado para inclusão e construção de valores varia conforme as necessidades de cada grupo. Com as crianças até 8 anos, a organização trabalha o reconhecimento das emoções, sentimentos e a prática de meditação. Para crianças de 9 a 13 anos, o principal trabalho é nas escolas, incentivando a iniciativa e individualidade, através de atividades de leitura e partilha. A partir dos 14 anos, os adolescentes podem desenvolver o autoconhecimento, a consciência social, a inteligência emocional e empregabilidade. Em cada curso oferecido, o GESCA inclui aspectos importantes para a construção de uma comunidade mais madura, conscientes de suas responsabilidades e mais segura para desenvolver seu papel no mundo.
Segundo Lucilene Silva Queiroz Souza, integrante da instituição, o GESCA transformou muitas vidas ao longo das últimas décadas. Uma das histórias mais recentes é a de um jovem portador de deficiência visual: “Ele estava com sinais de depressão e disse que pensou em tirar a própria vida. [...] Ele tem 24 anos, é casado e tem um filho. Nessa preparação do projeto de vida, fomos buscando extrair dele o que ele gostaria de ser, fazer e então descobrimos que ele é jogador de Goalboll, um esporte para cegos não muto conhecido. Nós mesmo não tínhamos conhecimento desse esporte no município. Ele começou a falar de como era ser jogador e sentimos que precisávamos focar nisso.”
A equipe do GESCA montou, junto com o jovem, um planejamento para que ele alcançasse seu sonho de um dia jogar na seleção brasileira. Lucilene presenciou o dia em que o jovem apresentou seu plano para os colegas: “O mais lindo foi ele falar que depois do curso o sentimento de atentar contra a própria vida não estava mais rondando seus pensamentos e agora ele conseguia sonhar com um futuro no esporte”.
Projetos locais e iniciativas de base desempenham um papel vital nessa transformação. Mas é claro que não podemos parar por aí: é preciso garantir que esse processo continue, que esses jovens tenham acesso ao mercado de trabalho e possam construir seu futuro. Por isso o trabalho de organizações como o GESCA é tão importante!
E se você quer contribuir com essa causa, pode doar o seu tempo e talento ou contribuir com doações para o GESCA. Saiba mais no site https://gesca.org.br/ e acompanhe o trabalho da organização nas redes sociais:
Instagram: https://www.instagram.com/institutogesca/
Facebook: https://www.facebook.com/gescaoficial/
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