No bar, lembrando de uma cabeleireira e sua lógica da língua: “Pobrema é de matemática, problema é meu”. Converso com meu amigo sobre a (i)lógica de nossos amores e, como ando a ouvir canções bregas, afirmo que:
– Lemos O Português da Gente para não incorrer em formas de preconceito linguístico;
– Vemos o último Tarantino para não se perder no fluxo contemporâneo;
– Discutimos o artigo do mês do Le Monde sobre as redes sociais e seu potencial de expansão e imbecilidade;
– Interrogamos o pai sobre o atacante da seleção. Já há quem diga que Giancarlo, do Paraná Clube, é seu natural sucessor;
– Averiguamos a programação do Festival de Teatro de Curitiba e as datas possíveis para faltar na faculdade;
– Pensamos nos elogios da professora de Linguística à poesia de Renato Russo;
– Estudamos a abordagem cognitiva de Chomsky;
– Percebemos como a moça de camisa-xadrez fica bem de camisa-xadrez, desafiando todo o meu repertório relacionado ao tema camisa-xadrez.
Então, é noite e estamos embriagados e nos sentimos
Apenas um qualquer
Bebendo por mulher
Nos bares da cidade