Muitas vezes não entendo o humor do Bode Gaiato. Quando entendo, não rio.
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Um amigo conta-me de uma brincadeira muito peculiar chamada Bichinha Medrosa. Consiste no desafio de dois homens heterossexuais aproximarem seus rostos até quase se beijarem. Aquele que desistir primeiro é a bichinha medrosa.
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Gostei de uma piadinha que ouvi ontem. Quantos surrealistas são necessários para trocar uma lâmpada? Resposta: um peixe. No churrasco, uma moça possivelmente bêbada pede água. O copo que chega tem os contornos de um pequeno aquário. Lembrei-me disso porque a mocinha disse que estava com a sensação de tomar um beta.
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Palhoça-Campec(x)he.
Ainda é Curitiba, 4h40, sozinho. Em breve seremos em três, contanto que uma das moças acorde. Estou em frente de sua casa, ela não atende o celular e meu carro não tem buzina por questões ideológicas desimportantes. 5h40, ela acorda e me recebe na porta com um roupão vermelho de derrubar o princípio da manhã. Iremos apresentar artigos acadêmicos de Jornalismo e, monotemático, defenderei um trabalho sobre Rubem Braga e suas inúmeras viagens.
Deu tudo certo.
É quase 19h, vencemos o trânsito infernal de Florianópolis e caímos numa praiazinha chamada Campeche. Alguém faz um comentário sobre a praia ser sem peixe ou campexe. Vento úmido e frio na noite escura – e surge-me o amor de García Lorca por Santiago de Compostela:
Chove en Santiago
meu doce amor
camelia branca do ar
brila entebrecida ao sol.
Chove en Santiago
na noite escura
herbas de prata e sono
cobren a valeira lúa.
Já ouviu o que os galegos do Luar na Lubre fazem desse poema? Veja.
Hora de voltar pra casa.
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Trema no meu corazón.
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