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Crepúsculo e o fascínio humano dos vampiros
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Crepúsculo estréia nos cinemas brasileiros dia 19 de dezembro.

Fenômeno do mercado editorial, a série de livros de terror teen Crespúsculo deve seguir os passos da franquia Harry Potter e faturar “zilhões” de dólares nos cinemas, também. A adaptação do primeiro volume da quadrilogia de Stephenie Meyer rendeu US$ 70 milhões no primeiro fim de semana de exibição nos cinemas norte-americanos. A estréia no Brasil está prevista para o dia 19 e os ingressos já estão à venda.

Vampiros sempre foram personagens caros ao cinema e exercem grande fascínio sobre o público. Talvez por não serem fantasmas nem demônios. Tampouco seres extraterrestres, vindos de outros mundos. Porque, lá no fundo, são muito parecidos conosco em sua capacidade de amar, desejar e sofrer. Salvo pelo fato de que são imortais e se alimentam de sangue para sobreviver.

Embora existam relatos literários e folclóricos de criaturas com características vampirescas há séculos – e nas mais diversas culturas –, foi o romance Drácula, escrito em 1897 pelo irlandês Bram Stoker, que consolidou o mito do conde romeno Vlad no cenário da cultura popular. A narrativa é construída por meio de cartas e relatos retirados dos diários dos vários personagens do livro.

A história foi adaptada inúmeras vezes para o cinema. Entre as mais famosas está Nosferatu (1922), clássico em preto-e-branco do expressionismo alemão dirigido por F. W. Murnau e estrelado por Max Schreck; e Drácula de Bram Stoker (1992) – foto –, de Francis Ford Coppola. Vencedor de três Oscars – nas categorias de figurino, edição de som e maquiagem–, o filme traz o britânico Gary Oldman no papel do nobre devoto a Deus que renuncia a fé cristã, amaldiçoa Deus e se torna um ser das trevas para vingar a morte da mulher amada, cuja reencarnação encontrará séculos mais tarde na figura de Mina (Winona Ryder).

Na década de 1970, a escritora norte-americana Anne Rice renovou o gênero com Entrevista com o Vampiro (1972), adaptado para o cinema em 1994 por Neil Jordan (de Traídos pelo Desejo). O filme, que desagradou a autora, é estrelado por Brad Pitt, no papel do melancólico e relutante “sanguessuga” Louis; e por Tom Cruise, como Lestat, personagem mais célebre de Rice, um vampiro sedutor, bissexual, cruel e sarcástico, mas por vezes passional e apaixonante.

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Lestat (Tom Cruise) “pega” Luis (Brad Pitt) em Entrevista com o Vampiro, baseado no romance de Anne Rice.

O romance foi o primeiro de uma série chamada Crônicas Vampirescas, da qual fazem parte O Vampiro Lestat (1980); A Rainha dos Condenados (1988), já adaptado para o cinema; A História do Ladrão de Corpos (1992); Memnoch (1995); e O Vampiro Armand (1998), entre outros títulos, todos lançados no Brasil pela Rocco, que a partir de 2009 o recoloca no mercado de olho no sucesso da série Crespúsculo.

Stephenie Meyer vem dar novo fôlego ao filão, trazendo seus personagens para o universo teen contemporâneo, assim como fizeram os seriados Buffy e Angel. Sem as referências góticas e religiosas de Anne Rice, os livros da saga Crepúsculo, apesar de bem comportados,de certa forma inovam ao dar aos vampiros características ainda mais românticas e humanas, com a possibilidade de transitar no mundo dos vivos em plena luz do dia. Ah, e sem qualquer fobia a alho e a crucifixos.

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