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Tropa de Elite, o filme-bomba do ano

Dia 12 de outubro estréia em todo o Brasil o filme Tropa de Elite. Antes de chegar às telas, já é motivo de polêmicas. Primeiro, por ter sido o primeiro longa-metragem nacional pirateado e vendido em camelôs antes de ser lançado. Depois, por trazer uma visão controversa da violência urbana. Após assisti-lo em sessões lotadas, no Festival do Rio, o público e a crítica presentes na mostra ficaram bastante divididos. Eu acho isso um ótimo sinal. Unanimidades, em geral, são burras.

A obra de José Padilha (de Ônibus 174) defende a tese de que a polícia carioca é violenta e corrupta, mas também padece com a falência do Estado, que não lhe dá condições de vida e de trabalho dignas. O filme alega que o tráfico só existe porque as classes A e B o alimentam, consumindo drogas como se elas caíssem dos céus, sem se importar com o estrago social que o comércio ilegal causa nesse processo todo.

E o longa-metragem vai mais longe: acusa os mais privilegiados de só olharem para o próprio umbigo, se mobilizando contra a violência apenas quando um dos seus é a vítima. Quando quem morre é o favelado, o pobre, o negro, não estão nem aí. Vão à praia – ou ao shopping, em uma atitude não muito diferente do que acontece aqui em Curitiba.

O fato é que Tropa de Elite está na boca do povo. É a última esperança de o cinema nacional voltar a ter alguma relevância para o grande público, que nos últimos tempos o tem ignorado solenemente. Prova disso é a bilheteria frustrante de ótimos filmes como Cidade dos Homens, O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias e outros.

Vamos ver o que acontece com o filme-bomba de Padilha.

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