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Vencer é um grande filme sobre Benito Mussolini e as raízes do fascismo na Itália

Divulgação
Vencer retrata os anos que antecedem a acensão de Mussolini.

Os amantes do bom cinema precisam se programar: é imperdoável deixar de assistir a Vencer, excelente drama histórico de Marco Bellocchio (de Bom Dia, Noite), o melhor diretor italiano da atualidade.

A superprodução, que consegue ser intimista, apesar de suas dimensões épicas, conta a trágica história de Ida Dalser (a bela e talentosa Giovanna Mezzogiorno, de Amor nos Tempos do Cólera), amante de Benito Mussolini (Filippo Timo) e mãe de seu filho primogênito, concebido na juventude do ditador.

Depois de ajudá-lo em sua escalada ao poder, Ida é rejeitada pelo Duce, que se casa com outra mulher e faz com que internem a amante em um manicômio, onde ela passa o resto dos seus dias tentando lutar por seus direitos. O filho é mandado a um internato católico, onde tentam convencê-lo a esconder quem é seu pai.

Estruturado como uma ópera trágica, com inventivas construções narrativas, que misturam à ação cinejornais, filmes da época e cenas propositalmente teatrais, Vencer atesta o vigor do cinema italiano contemporâneo, de títulos impactantes como Il Divo e Gomorra.

É genial, por exemplo, a solução de tirar de cena o ótimo ator Filippo Timo, a partir da ascensão de Mussolini ao topo do poder, e substitui-lo por imagens documentais que mostram o próprio Duce, no auge de sua megalomania e teatralidade. Nenhum ator faria melhor.

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