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Sei que havia muita gente torcendo para Mickey Rourke levar o Oscar de melhor ator. Até mesmo eu me imaginei satisfeito com a possibilidade de vê-lo com a estueta nas mãos. Afinal, seu desempenho em O Lutador é comovente e o cara esbanja carisma.

Rourke tinha a seu lado a vantagem de viver um personagem cuja história de vida se aproximava muito de sua própria, o que lhe deu um bônus de autenticidade.

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Mas o fato é que Penn é um ator com muito mais recursos dramáticos do que Rourke. Basta passar em revista sua carreira, que inclui papéis memoráveis em filmes como Os Últimos Passos de um Homem e Sobre Meninos e Lobos. Em Milk, já comentado neste blog, Penn deu credibilidade a um personagem que foge a sua imagem viril e algo agressiva. Não recorre a clichês ou maneirismos para encarnar um homossexual. Penn procurou compreender Harvey Milk em sua complexidade. Isso faz dele um ator singular e capaz de surpreender. A Academia fez o certo e o justo: deu-lhe seu segundo Oscar. E não será o último.

Viva Sean Penn, o mais importante e completo ator americano de sua geração!

Versão reeditada para que o leitor Jota não continue pensando que mantenho uma relação paranormal com Luiz Zanin, que mantém um blog no portal do Estadão. Como fica claro no texto acima, minha opinião continua exatamente a mesma. Penn é melhor do que Rourke em qualquer planeta, apesar de eu gostar muito de O Lutador e de seu ator principal. Aliás, Coração Satânico é um dos meus filmes de terror favoritos.