O vencedor do Nobel de Economia Joseph E. Stiglitz, em seu último livro, O Preço da Desigualdade, descreve uma cena interessante para explicar o problema da desigualdade no mundo: um ônibus com os 85 maiores multimilionários do planeta leva tanta riqueza quanto a metade mais pobre da população mundial.
Essa imagem é comprovada pelo relatório anual do Credit Suisse. De acordo com o documento, 2015 entrará para a história como o primeiro ano – desde que o estudo começou a ser feito – no qual 1% da população mundial detém metade da riqueza do planeta [valor total de ativos].
Os 1% mais abençoados do que os outros possui tanto dinheiro líquido e investido quanto os 99% restante da população mundial.
O clube dos chamados ultrarricos (aqueles que têm US$ 500 milhões [quase R$ 2 bilhões] ou mais aumentou, de acordo com o Credit Suisse, para quase 124 mil pessoas.
O mais preocupante do estudo é que a disparidade continua aumentando desde 2008, ano da crise que explodiu nos EUA e atingiu todo o mundo.
Também é fato, constatado pelo levantamento do Credit Suisse, que esse novo aumento da disparidade é fruto da especulação financeira. A riqueza dos mais ricos é mais sensível às subidas de preço de ações de empresas e outros ativos financeiros e da alta dos juros.
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